CPI do Crime: governo se articula para retomar debate sobre segurança

Andressa Anholete/Agência Senado

Senador Fabiano Contarato assume presidência da comissão

CPI do Crime: governo se articula para retomar debate sobre segurança
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Governo busca controlar CPI do Crime e retomar discussão sobre segurança pública após megaoperação no Rio de Janeiro.

Em 5 de novembro de 2025, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi indicado para presidir a CPI do Crime, uma ação que marca um avanço na articulação do governo no Senado. Esta estratégia visa recuperar o debate sobre segurança pública, especialmente após a recente megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, momento em que a segurança voltou a ser um tema central entre os brasileiros.

Avanço na articulação do governo

A escolha de Contarato garante ao Planalto um certo controle sobre uma comissão que surgiu sob pressão da oposição e que poderia se transformar em um novo foco de desgaste político para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A base aliada mostrou empenho em evitar novos conflitos na escolha da liderança das comissões, especialmente após a derrota na CPMI do INSS no final de agosto.

Desafios e críticas à segurança pública

A segurança pública tem sido um dos principais calcanhares de Aquiles do governo federal. Desde o início do ano, o Planalto busca aprovar a PEC da Segurança, embora o texto esteja travado nas comissões. O governo também enviou o projeto de “antifacção” para aumentar as penas de criminosos, em resposta à pressão da opinião pública, que, segundo pesquisas, mostra apoio a operações policiais.

A oposição e a luta pelo controle da narrativa

A oposição, por sua vez, tenta manter o tema da segurança em evidência. Críticas à condução da segurança pública pelo governo têm sido frequentes, especialmente após alegações do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), sobre a suposta “omissão” do Executivo. A direita, que já explorava o tema, encontrou na megaoperação um catalisador para reforçar sua imagem de eficiência no combate ao crime.

Próximos passos e implicações

A tentativa de unir os projetos da “antifacção” e da Lei Antiterrorismo pode dividir os louros de uma possível aprovação entre governo e oposição, o que é visto como uma estratégia para minimizar a influência do Executivo. A articulação política em torno da CPI do Crime e das propostas de segurança continua a ser um ponto crucial no cenário político nacional.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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