Disputa na Câmara: base de Nunes resiste a apadrinhado de Milton Leite
Vereadores se articulam para manter Ricardo Teixeira na presidência
Vereadores ligados ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, resistem à imposição do nome de Silvão Leite para a presidência da Câmara.
Vereadores da base aliada do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), manifestaram, em 31 de outubro de 2025, sua oposição ao nome de Silvão Leite (União Brasil) para a presidência da Câmara Municipal, que ocorrerá em 15 de dezembro. Os parlamentares se articulam para garantir a manutenção do atual presidente, Ricardo Teixeira (União Brasil), no cargo. Silvão, que está em seu primeiro mandato, é considerado inexperiente e sem a autonomia necessária para liderar a Casa.
A oposição ao nome de Silvão
Fontes próximas à articulação afirmam que a tentativa de impor Silvão como candidato não é bem recebida entre os vereadores. “Essa coisa de querer impor [um nome] não pega bem”, disse um dos entrevistados. A insatisfação é visível, especialmente por parte de Milton Leite, ex-presidente da Câmara, que havia idealizado um acordo para promover Silvão ao cargo.
O histórico de Milton Leite
Milton Leite, que foi presidente da Câmara por quatro mandatos, deixou um legado significativo na política paulistana. Ao se aposentar, lançou Silvão, seu ex-chefe de gabinete, como candidato à presidência, mas viu o cargo ser ocupado por Ricardo Teixeira devido à experiência deste. O acordo estabelecido por Leite condicionava o apoio à candidatura de Nunes à reeleição na presidência da Câmara a uma futura troca de liderança para um vereador do União Brasil.
O futuro da presidência
Com a presidência da Câmara Municipal sob a liderança de Teixeira, a expectativa de Milton Leite é de que o acordo ainda se concretize, apesar das resistências. A situação atual reflete a complexidade das articulações políticas em São Paulo e os desafios enfrentados por Nunes em manter a coesão de sua base.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
