Paraná Propõe Expansão Radical do Modelo Cívico-Militar em Escolas

Paraná Propõe Expansão Radical do Modelo Cívico-Militar em Escolas

O governo do Paraná planeja expandir significativamente o alcance das escolas cívico-militares no estado. Uma proposta, já encaminhada à Assembleia Legislativa, busca implementar o modelo em tempo integral e profissionalizante a partir de 2026. A medida ambiciona fortalecer a política educacional paranaense, que já detém a maior rede de colégios cívico-militares do Brasil.

O modelo cívico-militar, em vigor desde 2020, combina a gestão civil com a atuação de militares da reserva. Esses profissionais desempenham o papel de monitores, auxiliando na rotina escolar e na disciplina dos alunos. A iniciativa tem o objetivo de agregar valor ao sistema de ensino.

Atualmente, o Paraná conta com 312 colégios cívico-militares, atendendo aproximadamente 190 mil estudantes. A implementação do programa nas escolas foi precedida por consultas públicas junto à comunidade escolar, garantindo o alinhamento com as necessidades locais.

Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) indicam um desempenho superior das escolas cívico-militares em comparação com a média estadual. Em 2021, 64% das escolas que adotaram o modelo registraram um aumento em suas notas, demonstrando o impacto positivo da iniciativa. “Esse é um modelo que atende uma solicitação de pais e professores e que se mostrou um acerto”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda.

A proposta em análise na Alep também abre a possibilidade para que escolas de tempo integral e profissionalizantes adotem o sistema cívico-militar. A ideia é combinar a jornada estendida e os projetos pedagógicos com a disciplina e a gestão compartilhada características do modelo. O ensino profissionalizante no estado tem apresentado um crescimento expressivo, com um aumento de quase 350% no número de alunos matriculados entre 2021 e 2025.

A adesão ao programa cívico-militar estará condicionada à existência de pelo menos duas escolas públicas estaduais no município interessado. Permanecem excluídas as escolas noturnas, indígenas, quilombolas, itinerantes, de assentamentos rurais, conveniadas com APAE e de Educação de Jovens e Adultos (CEEBJAs). O governo reafirma o compromisso com a transparência e a participação da comunidade na decisão sobre a adesão ao modelo.

Fonte: http://massa.com.br

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