Onda de Protestos Anti-Trump Varre os EUA em Manifestações ‘Sem Reis’
Milhares de manifestantes tomaram as ruas dos Estados Unidos no sábado (18), em uma demonstração massiva contra o ex-presidente Donald Trump. Inspirados pelo movimento “No Kings” (Sem Reis), os protestos denunciam o que os participantes consideram tendências autocráticas e ações antidemocráticas.
De acordo com os organizadores, mais de 2.600 manifestações foram realizadas, atraindo milhões de pessoas em grandes cidades, áreas rurais e até mesmo em algumas capitais estrangeiras. A mobilização reflete uma crescente frustração com as políticas do governo, incluindo processos contra opositores políticos, operações de imigração e o envio de tropas federais para cidades americanas.
Em Washington, D.C., manifestantes marcharam em direção ao Capitólio, empunhando cartazes, bandeiras americanas e balões, entoando palavras de ordem. Alguns manifestantes vestiram-se com trajes listrados, em referência a uniformes de prisão, e carregavam caricaturas de Trump e outras figuras políticas.
“Não há nada mais americano do que dizer: ‘Não temos reis’ e exercer nosso direito de protestar pacificamente”, afirmou Leah Greenberg, cofundadora da Indivisible, organização progressista que lidera as marchas “No Kings”. A frase ecoa o sentimento de muitos participantes que defendem a democracia e se opõem ao que consideram excessos de poder.
Protestos notáveis também ocorreram em Nova York, Boston, Chicago e Atlanta, demonstrando a abrangência do movimento. Daniel Aboyte Gamez, veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, que serviu no Iraque, Afeganistão e Síria, expressou sua perplexidade com a situação atual, ressaltando que os Estados Unidos foram fundados na luta contra a tirania.
Desde que assumiu o cargo, Trump tem intensificado a fiscalização da imigração, reduzido o tamanho do governo federal e cortado o financiamento de universidades de elite, justificando suas ações com preocupações sobre protestos pró-Palestina, diversidade no campus e políticas transgênero. Além disso, enviou tropas da Guarda Nacional para algumas cidades, alegando a necessidade de proteger agentes de imigração e combater o crime.
Embora tenha se manifestado pouco sobre os protestos, Trump comentou em entrevista à Fox Business que “estão se referindo a mim como um rei – eu não sou um rei”. Mais de 300 grupos de base auxiliaram na organização das marchas, enquanto a American Civil Liberties Union (ACLU) ofereceu treinamento jurídico para garantir a segurança dos participantes.
Fonte: http://ric.com.br
