Lula critica ações policiais contra jovens negros
Presidente defende igualdade racial em conferência
Durante a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Lula destacou que jovens negros não podem ser alvos preferenciais das forças policiais.
Na manhã de 15 de setembro de 2025, em Brasília, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o Brasil não pode aceitar mais que jovens negros de periferias sejam “alvos preferenciais” da ação das forças de segurança, as quais ele denominou de “forças de repressão”. Lula afirmou que “é inadmissível que jovens e mulheres negros sejam as maiores vítimas da violência” e ressaltou que o racismo é um crime que precisa ser erradicado.
Contexto da Conferência
A Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) ocorre até o dia 19 de setembro e conta com a presença de cerca de 1,7 mil delegados, 200 convidados e vários observadores e expositores. O tema central do encontro é “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, que visa discutir a igualdade racial e promover a participação social na formulação de políticas públicas. Durante a conferência, os delegados participarão de grupos de trabalho, plenárias e rodas de discussão inspiradas na cultura Yorubá, conhecidas como xirês.
Declarações de Lula e Anielle Franco
Lula ressaltou que, apesar do aumento da presença de pessoas negras em espaços antes dominados por brancos, como a Universidade de São Paulo (USP), o país ainda enfrenta um “racismo de todos os dias”. Ele criticou situações de discriminação, citando um caso recente que envolveu a escritora Lilia Guerra, que foi injustamente acusada de furto. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também participou do evento e destacou a importância da participação social na criação de políticas públicas, afirmando que “só se constrói política pública de qualidade com o povo e na coletividade”.
Importância da Participação Social
Lula lembrou que as conferências anteriores não ocorreram nos últimos sete anos e sublinhou que a participação da população negra e de outros grupos historicamente marginalizados é essencial para orientar as ações do governo. “Seremos tanto mais assertivos quanto mais considerarmos os anseios, as propostas e as prioridades daqueles e daquelas para os quais as políticas se destinam”, concluiu.
Notícia feita com informações do portal: jovempan.com.br
