Armínio Fraga alerta sobre interferência política no Fed

Armínio Fraga alerta sobre interferência política no Fed

Economista critica pressões sobre o banco central americano e a situação no Brasil

Armínio Fraga alerta sobre interferência política no Fed
Armínio Fraga durante entrevista. Foto: Flavio Santana/Biofoto

Em meio a pressões políticas sobre o Fed, Armínio Fraga critica a situação nos EUA e no Brasil.

Em uma semana marcada por decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, comentou sobre a interferência do governo de Donald Trump no Federal Reserve (Fed) nesta domingo (14). Segundo Fraga, essa pressão para a demissão de Lisa Cook, diretora do Fed, é uma questão “conjuntural e perigosa”. A situação do Brasil, segundo ele, também requer atenção, pois o Congresso está discutindo a possibilidade de alterar leis que garantem a autonomia do Banco Central.

O cenário americano e suas implicações

Fraga avaliou que o funcionamento do Fed, apesar de problemas conjunturais, é geralmente eficiente. Ele enfatizou que o Brasil não possui a mesma margem histórica que os Estados Unidos, como evidenciado pela alta taxa de juros no país. Na avaliação do economista, a proposta do Congresso de permitir a demissão de diretores do Banco Central poderia comprometer a autonomia da instituição e, consequentemente, a estabilidade econômica do Brasil.

A situação no Brasil

A autonomia do Banco Central brasileiro é garantida pela Lei Complementar nº 179/2021, que busca proteger a autarquia de interferências políticas. Fraga criticou a proposta que visa aumentar a fiscalização sobre o BC, chamando-a de “coisa de republiqueta”. Ele destacou que o debate sobre a relação entre dívida e PIB deve ser central nas eleições de 2026, alertando que os políticos tendem a evitar esse assunto por conta do sacrifício que implica.

O futuro econômico

Fraga expressou esperança de que um novo presidente, ao ser eleito com um mandato forte, possa implementar as reformas necessárias para o Brasil. Ele acredita que a austeridade deve ser priorizada e que o país tem caminhos melhores a seguir. Em suas palavras, “o que mais falta é prioridade”.

Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br

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