Fenda no STF: Ausências em Jantar com Lula expõem Divisão Após Sanções a Moraes

Um jantar no Palácio da Alvorada, articulado para demonstrar união do Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa do ministro Alexandre de Moraes, não atingiu o objetivo. A ausência de cinco ministros – André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques – frustrou a tentativa de apresentar uma imagem de coesão institucional. O encontro, promovido por Lula, visava reunir os 11 ministros após as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos a Moraes.
O evento buscava replicar o gesto de união observado após os atos de 8 de janeiro de 2023, com uma foto oficial que simbolizasse a “soberania nacional”, lema da nova campanha do governo. No entanto, a ausência de quase metade dos ministros impediu o registro da imagem planejada. Apenas Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso compareceram.
A presença de Edson Fachin, futuro presidente do STF, foi vista como um cálculo estratégico para evitar ruídos institucionais, considerando que Alexandre de Moraes será seu vice. A iniciativa do jantar ocorreu após Moraes buscar apoio dos colegas diante de sua inclusão na lista da Lei Global Magnitsky, que impõe sanções por violações de direitos humanos e corrupção.
Contudo, a proposta de uma carta conjunta em defesa de Moraes foi rejeitada pela maioria dos ministros na quarta-feira (30). Segundo o Poder360, a Corte considerou inapropriado um documento coletivo contra uma decisão soberana dos EUA, dada a gravidade das acusações. “Mais da metade da Corte considerou inapropriado subscrever um documento coletivo e nominal contra uma decisão soberana dos Estados Unidos”, informou o veículo.
Diante da resistência, a única manifestação pública foi uma nota institucional assinada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em tom neutro e sem menções diretas ao governo americano. A ausência dos ministros e a recusa em endossar uma defesa coletiva de Moraes evidenciam a divisão interna no Supremo Tribunal Federal.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br