Tarifas dos EUA Acendem Alerta na Construção Civil Brasileira: Aumento de Custos e Risco de Estagnação?

A imposição de novas tarifas de 50% pelos Estados Unidos ao Brasil pode desencadear um efeito dominó na cadeia produtiva da construção civil, alertou a especialista em investimentos imobiliários, Rosimari Pinheiro. A medida, anunciada pelo governo americano, preocupa o setor e levanta questões sobre o futuro de projetos e o acesso à moradia.
Segundo a CEO da Efort, a taxação não afeta apenas os exportadores diretos, mas também os insumos essenciais para a construção, como aço, alumínio, componentes industriais e maquinário importado. “O setor imobiliário depende de uma ampla cadeia logística, com itens que muitas vezes são importados dos EUA ou de países impactados pelas políticas comerciais norte-americanas. A tarifa acaba pressionando o custo de produção, que sobe aqui também”, explica Pinheiro.
Rosimari Pinheiro enfatiza que, apesar de o alvo primário serem produtos específicos, os efeitos indiretos já se manifestarão nos contratos de fornecimento e nos reajustes de preços. Tal cenário, inevitavelmente, gera incerteza nos investimentos. “A construção civil trabalha com planejamento. Quando há instabilidade nos custos, o reflexo imediato é o adiamento de novos projetos ou a elevação do preço final dos imóveis.”
A empresária demonstra preocupação com o impacto no momento de recuperação do setor, crucial para o estímulo à habitação e à geração de empregos no país. Ela adverte que o aumento dos custos e a dificuldade de crédito podem tornar a aquisição da casa própria ainda mais distante para a população.
Diante desse cenário, Rosimari Pinheiro defende a necessidade urgente de o Brasil implementar políticas internas que protejam o consumidor dos impactos negativos das políticas externas. “Infelizmente, quem mais sofre é a população que busca a casa própria. O imóvel fica mais caro, o crédito continua difícil, e os incentivos não são suficientes para equilibrar a conta. É hora de o Brasil pensar em políticas internas que blindem o consumidor desses efeitos externos.”
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br