Tragédia no Pantanal: Queda de Avião Mata Arquiteto Chinês e Documentaristas; Investigação Aponta Causa

Tragédia no Pantanal: Queda de Avião Mata Arquiteto Chinês e Documentaristas; Investigação Aponta Causa

Uma investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul revelou a causa do trágico acidente aéreo que vitimou quatro pessoas no Pantanal, na região de Aquidauana. O desastre, ocorrido na última terça-feira, resultou na morte do renomado arquiteto chinês Kongjian Yu, dos documentaristas brasileiros Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr., e do piloto Marcelo Pereira de Barros.

As autoridades confirmaram que a aeronave colidiu com uma árvore, levando à perda de sustentação, queda e subsequente incêndio. A delegada Ana Cláudia Medina declarou à TV Globo que a fatalidade causou a morte instantânea de todos a bordo. Informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicam que a aeronave tinha permissão para operar apenas durante o dia, não possuindo os equipamentos necessários para voos noturnos ou em condições climáticas adversas.

A Anac também esclareceu que o avião estava registrado para serviços aéreos privados e não possuía licença para operar como táxi aéreo. Esse tipo de operação exige que o piloto mantenha contato visual constante com o solo. Paralelamente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à Força Aérea Brasileira, segue apurando as circunstâncias do acidente.

O histórico da aeronave revela que ela foi fabricada em 1958 e adquirida pelo piloto Marcelo Pereira de Barros em 2015. O modelo tinha capacidade para um tripulante e três passageiros. Em 2019, o avião foi apreendido por transportar turistas de forma irregular, permanecendo inativo até 2024.

Djalma Silveira, advogado que representou Barros no processo de apreensão, negou que o piloto realizasse voos de táxi aéreo. “Quem conhece o Pantanal sabe a distância e o isolamento das fazendas em épocas de cheia”, afirmou Silveira, ressaltando que os pilotos frequentemente utilizam seus aviões para prestar socorro em emergências, recebendo apenas o custeio do combustível em algumas ocasiões.

O advogado relatou que Barros estava estruturando a empresa Aero Safari para explorar voos turísticos, embora essa atividade nunca tenha sido concretizada. Silveira informou que conseguiu a liberação judicial da aeronave em 2022, e após passar por reforma supervisionada pela Anac, o avião voltou a operar em 2024. Com a morte do piloto, o processo judicial relacionado à apreensão será encerrado.

Fonte: http://revistaoeste.com

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