Anvisa proíbe a comercialização de picolé de creatina em todo o Brasil

David Young/picture alliance via Getty Images

A decisão visa proteger a saúde pública diante da falta de estudos sobre a segurança do ingrediente em alimentos.

Anvisa proíbe a comercialização de picolé de creatina em todo o Brasil
Picolé de creatina foi proibido pela Anvisa. Foto: David Young/picture alliance via Getty Images

Anvisa determina a proibição da venda de picolés com creatina em todo o Brasil, visando a proteção da saúde pública.

Anvisa proíbe picolé de creatina em todo o Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da venda de picolés feitos com creatina em todo o Brasil. A decisão, divulgada em uma resolução publicada nesta quarta-feira (26/11), visa proteger a saúde pública, já que a segurança da creatina para uso em alimentos ainda não foi devidamente avaliada.

Resolução da Anvisa e seu impacto

A resolução proíbe a comercialização, distribuição, fabricação e divulgação do Picolé de Açaí, Guaraná e Canela, produzido pela J M J Re Torres Indústria de Alimentos Ltda. Essa ação é um reflexo das crescentes preocupações sobre a utilização de substâncias não regulamentadas em produtos alimentícios. A creatina, embora amplamente reconhecida como um suplemento, é permitida no Brasil apenas para uso como suplemento voltado ao público adulto.

Composição e utilização da creatina

A creatina é um composto formado por aminoácidos como glicina, etionina e arginina, essencial para a produção de energia nas células musculares. O suplemento tem ganhado popularidade entre praticantes de atividades físicas, que buscam aumentar sua disposição e desempenho. No entanto, o uso de creatina em alimentos, como picolés, levanta questões significativas sobre segurança e eficácia.

Problemas com produtos falsificados

Além da proibição, um dos desafios enfrentados no Brasil é a presença de produtos falsificados no mercado. Em um estudo realizado em 2024 pela Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), 25 marcas de creatina foram reprovadas em análises de conformidade, com algumas apresentando variações de até 100% na quantidade de creatina indicada no rótulo. Isso significa que muitos consumidores podem estar adquirindo produtos que não contêm a substância desejada ou que são misturados com outros ingredientes não informados.

Conclusão

A decisão da Anvisa de proibir a venda de picolés de creatina destaca a necessidade de um controle mais rigoroso sobre a qualidade e a segurança dos alimentos disponíveis no mercado. A agência continua a monitorar a situação, buscando garantir que os produtos que chegam aos consumidores sejam seguros e eficazes. Com isso, espera-se que a saúde pública seja priorizada e que os consumidores possam fazer escolhas mais informadas sobre os produtos que consomem.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: David Young/picture alliance via Getty Images

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