Rotina no condomínio de Bolsonaro se normaliza após tensões

Após 100 dias de prisão domiciliar, ex-presidente enfrenta novo cenário no Jardim Botânico

O condomínio Solar de Brasília volta à normalidade após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Condomínio Solar de Brasília, onde reside o ex-presidente Jair Bolsonaro, retoma a normalidade após mais de 100 dias de sua prisão domiciliar, iniciada no dia 4 de agosto. Durante esse período, a presença constante de apoiadores, opositores e jornalistas causou agitação na vizinhança, especialmente após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos primeiros dias da prisão, o local foi palco de intensas mobilizações, com pessoas se reunindo em frente ao condomínio para expressar suas opiniões. No entanto, com o passar do tempo, as manifestações começaram a diminuir, e a rotina dos moradores foi gradualmente se restabelecendo. A empresária Maria Amélia, que possui uma confeitaria nas proximidades, comentou que, embora houvesse momentos de tensão, o comércio não sofreu prejuízos e se tornou um ponto turístico para aqueles que queriam conhecer o “condomínio do Bolsonaro”.
Reações dos moradores e comerciantes
Maria Amélia destacou que os desafios enfrentados foram principalmente relacionados a ruídos e invasão de privacidade, mas que a maioria dos comerciantes não se sentiu impactada negativamente. “Viramos ponto turístico para quem vinha conhecer o condomínio onde ele mora”, observou. Segundo a empresária, a presença de opositores e a agressividade de alguns manifestantes geraram desconforto, mas a situação foi controlada com o tempo.
Natália Magalhães, uma moradora de 26 anos, expressou suas preocupações iniciais com a segurança e o trânsito. “O barulho das manifestações era incômodo, mas a segurança nunca foi um problema”, afirmou, ressaltando que a normalidade começou a retornar após o julgamento de Bolsonaro no STF. Para ela, a situação atual é um alívio, mas ainda existem preocupações sobre como será a vida no condomínio após a decisão sobre a prisão do ex-presidente.
Expectativas em relação à prisão definitiva
Matheus Godoi, um residente de 28 anos, compartilhou sua apreensão quanto ao futuro da comunidade. Ele teme que a decisão sobre a prisão de Bolsonaro leve a uma nova onda de manifestações e agitações. “A expectativa é que haja uma grande comoção popular, mas esperamos que as pessoas entendam que os moradores não participam dessa narrativa”, comentou.
Godoi também mencionou a preocupação com a imagem do condomínio, já que a atenção da mídia e o fluxo de curiosos podem gerar desconforto. “Ter câmeras apontadas para as entradas das casas e na rua do condomínio causa incômodo”, lamentou.
O que vem a seguir
Atualmente, a defesa de Bolsonaro está se preparando para solicitar que sua pena, caso seja confirmada, seja cumprida em prisão domiciliar. A normalidade em torno do condomínio é uma questão que gera divisões entre os moradores, alguns dos quais anseiam por um retorno das manifestações em apoio ao ex-presidente. Enquanto a tranquilidade parece ter voltado, as tensões ainda permeiam o ambiente, à medida que todos aguardam o desfecho desse capítulo conturbado da política brasileira.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Especial Metrópoles @LuisGustavoNova






