Indústria de pescados expressa frustração com exclusão de isenções dos EUA

Reuters

Setor lamenta não ter sido incluído na lista de produtos com tarifa zerada

Indústria de pescados expressa frustração com exclusão de isenções dos EUA
Imagem ilustrativa do setor pesqueiro. Foto: Reuters

O setor de pescados no Brasil está frustrado por não ter sido incluído nas isenções de tarifas anunciadas pelos EUA.

Setor de pescados fica excluído de isenções tarifárias dos EUA

A indústria de pescados no Brasil está enfrentando um momento de frustração, pois ficou de fora da lista de produtos que tiveram a tarifa adicional de 40% zerada pelos Estados Unidos. Eduardo Lobo, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), manifestou seu descontentamento em nota, afirmando: “Estamos obviamente felizes pelos setores que avançaram, mas frustrados por não vermos evolução e priorização do pescado pelo governo brasileiro”.

Decisão dos EUA e suas implicações

Na quinta-feira, 20, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a ampliação da lista de isenções tarifárias que agora inclui mais produtos agrícolas brasileiros. Essa medida é retroativa, o que significa que as mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir de 12h01 (horário de Nova York) de 13 de novembro estarão isentas da tarifa adicional. Essa decisão gera um contraste significativo para a indústria pesqueira, que esperava ser contemplada nas isenções.

A insatisfação é palpável entre os representantes do setor. A Abipesca, que representa as indústrias de pescados, indicou que a falta de inclusão na lista de isenções tarifárias pode impactar negativamente a competitividade das empresas brasileiras no mercado externo. A exclusão do pescado contrasta com a inclusão de outros produtos agrícolas, o que levanta questionamentos sobre a priorização do setor pesqueiro nas negociações comerciais.

O contexto das tarifas

Vale lembrar que, há uma semana, Trump havia retirado a taxa recíproca de 10% sobre produtos agrícolas, ampliando assim o acesso dos produtos brasileiros ao mercado norte-americano. Essa mudança beneficia muitos setores, mas deixa o setor pesqueiro em uma posição vulnerável, sem os mesmos privilégios. A ausência de isenção pode resultar em tarifas mais elevadas, aumentando os custos para as empresas e, por consequência, para os consumidores.

A reação do setor

A frustração é compartilhada por muitos no setor pesqueiro, que esperavam que o governo brasileiro utilizasse suas influências para garantir uma posição mais favorável nas negociações. A expectativa é que o governo busque reverter essa situação, priorizando as demandas do setor pesqueiro em futuras conversações com os EUA.

Os representantes da Abipesca destacam que a inclusão do setor pesqueiro nas isenções poderia abrir novas oportunidades para o comércio exterior e fortalecer a indústria. As negociações continuam e o setor permanece atento às movimentações do governo brasileiro e à resposta dos EUA em relação a futuras isenções tarifárias.

Considerações finais

O descontentamento do setor de pescados é um sinal claro da necessidade de um enfoque mais estratégico nas negociações internacionais. A inclusão ou exclusão de setores na lista de isenções tarifárias pode ter um impacto profundo na economia local. A indústria pesqueira, assim como muitos outros setores, espera que seu valor e potencial sejam reconhecidos nas futuras interações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: Reuters

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