Marcha pelo clima em Belém reúne mais de 70 mil pessoas durante a COP30

Agência

Manifestantes exigem justiça climática e direitos dos povos indígenas em grande ato

Marcha pelo clima em Belém reúne mais de 70 mil pessoas durante a COP30
Marcha pelo clima. Foto: Agência

Mais de 70 mil pessoas participaram da Marcha Global pelo Clima em Belém, exigindo justiça climática e direitos indígenas.

Marcha pelo clima em Belém: um grande ato de protesto

Neste sábado (15), mais de 70 mil pessoas se reuniram em Belém do Pará para participar da Marcha Global pelo Clima, um dos maiores atos paralelos da COP30, a conferência do clima da ONU. Com o lema “Da Amazônia para o Mundo: Fim da Desigualdade e Racismo Ambiental, Justiça Climática”, os manifestantes expressaram suas preocupações sobre questões ambientais e sociais.

Questões abordadas na marcha

O evento, realizado em frente ao Mercado São Brás, não se limitou apenas à justiça climática. Os participantes também levantaram bandeiras sobre a segurança na Amazônia, os direitos dos povos indígenas e a privatização dos rios. Indígenas da região do baixo Tapajós, por exemplo, protestaram contra a criação de hidrovias no Rio Tapajós, pedindo a revogação de decretos que favorecem a privatização dos recursos hídricos.

Participação internacional e apoio governamental

A marcha contou com a presença de representantes internacionais de movimentos sociais da África, Ásia e Venezuela, demonstrando um forte apoio global à causa. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve presente e declarou que a COP30 é “a COP da verdade”, enfatizando a necessidade de discutir mudanças climáticas fora do ambiente diplomático tradicional.

Documento dos representantes indígenas

Durante o evento, um importante documento elaborado por representantes indígenas foi lançado, com o objetivo de ser entregue ao governo brasileiro. Este documento destaca as ameaças de grandes obras de infraestrutura, como a Ferrogrão e novas hidrovias, que comprometem a integridade ambiental e os direitos territoriais dos povos indígenas.

Lenta evolução nas negociações da COP30

Apesar do expressivo número de manifestantes e da mobilização popular, as negociações na COP30 têm avançado lentamente. Bruno Pinheiro, enviado especial da Jovem Pan, relatou que até o momento não houve progresso significativo nas discussões. Uma sessão extraordinária foi convocada na esperança de acelerar as decisões, mas não há uma previsão clara para a conclusão das negociações.

Expectativas para o futuro

Os manifestantes continuam pressionando por resultados concretos na conferência, com a expectativa de que as discussões levem a uma agenda de ações efetivas contra o desmatamento e a exploração predatória dos recursos naturais da Amazônia. A COP30 permanece como um espaço vital para debater o futuro do planeta, com foco na preservação da Amazônia e na luta contra as desigualdades que afetam comunidades locais e o meio ambiente global.

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