Disparidade salarial entre brasileiros com e sem ensino superior

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Estudo do IBGE revela que quem não tem diploma ganha três vezes menos que graduados

Disparidade salarial entre brasileiros com e sem ensino superior
Diploma de formatura. Foto: Getty Images

Estudo do IBGE mostra que brasileiros sem ensino superior têm salários significativamente mais baixos.

Em 14 de novembro de 2025, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a diferença salarial entre brasileiros sem ensino superior e aqueles com diploma continua alarmante. Os profissionais sem formação superior receberam, em média, R$ 2.587,52, enquanto os graduados ganharam R$ 7.489,16. Essa desigualdade representa apenas 34,6% do salário dos que possuem diploma, evidenciando uma realidade desafiadora no mercado de trabalho.

Crescimento nas contratações formais no Brasil

O levantamento do IBGE, publicado na quinta-feira (13/11), indica que, apesar do crescimento nas contratações formais, a disparidade salarial permanece. Em 2023, as empresas registraram um aumento real de 2% no salário médio, que passou de R$ 3.673,50 em 2022 para R$ 3.745,45. Isso representa um valor equivalente a 2,8 salários mínimos, refletindo um total de R$ 2,6 trilhões pagos em salários e outras remunerações, um crescimento de 7,5% em comparação ao ano anterior.

Concentração de renda entre os mais qualificados

Os dados também mostram que apenas 23,6% dos assalariados no Brasil possuem nível superior, enquanto 76,4% não alcançaram essa etapa educacional. Essa concentração de alta renda entre os mais qualificados ressalta a importância da educação para a ascensão social e econômica. Além disso, o estudo revelou que os homens ganharam em média R$ 3.993,26, enquanto as mulheres receberam R$ 3.449, indicando uma diferença de 15,8% no rendimento entre gêneros.

Desafios para o futuro do mercado de trabalho

O IBGE destaca que os dados apresentados são parte de uma nova série iniciada em 2022, após mudanças metodológicas ligadas à transição para o eSocial, o que impossibilita comparações diretas com dados anteriores. A pesquisa indica que as 3 milhões de empresas com pessoas assalariadas ocuparam 52,6 milhões de trabalhadores, representando 79,8% do total de ocupações, com um crescimento de 4,8%.

Portanto, a realidade salarial no Brasil continua a apresentar desafios significativos, especialmente para aqueles sem formação superior. A formação acadêmica se configura não apenas como um diferencial competitivo, mas também como um fator crucial para a redução das desigualdades sociais e econômicas no país.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Getty Images

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