Novo composto químico pode ajudar a combater Alzheimer

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Pesquisa brasileira traz esperança no tratamento da doença neurodegenerativa

Novo composto químico pode ajudar a combater Alzheimer
Descoberta pode ajudar a criar formas mais eficazes de tratamento do Alzheimer (Imagem: Saiful52/Shutterstock) — Foto: Naeblys/Shutterstock

Cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de Alzheimer no mundo. Um novo composto químico desenvolvido no Brasil pode ajudar a combater a doença.

Cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de Alzheimer no mundo, e esse número pode subir para mais de 130 milhões até 2050. A doença neurodegenerativa, que causa a perda gradual de funções cognitivas, como memória e raciocínio, é um desafio no diagnóstico e tratamento. Contudo, pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC) desenvolveram um novo composto químico que promete contribuir na luta contra essa condição.

Mecanismo de ação do composto

O novo composto tem uma síntese simples e atua na degradação das placas beta-amiloides que se acumulam no cérebro de pessoas com Alzheimer. Estas placas são compostas por fragmentos de peptídeo amiloide, que causam inflamação e interrompem a comunicação neural entre os neurônios. A técnica utilizada pelos cientistas envolve um quelante de cobre, uma molécula que se liga ao cobre em excesso presente nas placas, promovendo sua degradação.

Resultados promissores em testes

Testes realizados em ratos indicaram que o composto químico não só minimizou a perda de memória, mas também melhorou a noção espacial e o aprendizado dos animais. Além disso, foi observada uma reversão no padrão das placas beta-amiloides. O estudo, que combina simulações computacionais, testes de cultura celular e experimentos em animais, foi publicado na revista ACS Chemical Neuroscience.

Segurança e custos do novo tratamento

Os pesquisadores afirmam que a técnica não apresenta toxicidade ao organismo, o que é um ponto positivo para a sua utilização. O composto desenvolvido é descrito como simples, seguro e eficaz, além de ter um custo inferior em comparação aos medicamentos já disponíveis no mercado. A equipe está agora em busca de parcerias com empresas farmacêuticas para dar continuidade a ensaios clínicos e potencializar o alcance dessa descoberta.

Conclusão

O novo composto químico, ao atacar a base do problema, representa um avanço significativo no tratamento do Alzheimer, que possui causas multifatoriais. Mesmo que seu uso seja viável apenas para parte da população afetada, a descoberta pode abrir novas portas para tratamentos mais eficazes na luta contra essa doença devastadora.

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