Gleisi critica relatoria de Derrite no PL Antifacção

Ministra vê contaminação no debate sobre combate ao crime organizado

Gleisi Hoffmann criticou a escolha de Guilherme Derrite como relator do PL Antifacção, alegando que isso contamina o debate sobre o crime organizado.
Na manhã de 8 de novembro de 2025, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez duras críticas à escolha do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do Projeto de Lei Antifacção, que visa combater o crime organizado. Gleisi argumentou que a seleção de Derrite, ex-secretário de Segurança de São Paulo, contamina o debate necessário sobre a proposta.
O projeto, enviado ao Congresso com urgência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 31 de outubro, estabelece o crime de organização criminosa qualificada e prevê penas mais severas para integrantes dessas facções. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a escolha de Derrite na última sexta-feira, afirmando que busca uma tramitação técnica e ampla, com diálogo entre bancadas.
Propostas em debate
Paralelamente, tramita na Casa um projeto que equipara facções criminosas a organizações terroristas. A oposição pressiona Motta a apensar as duas propostas, enquanto a base governista se opõe a essa ideia. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Derrite afirmou que assume “com muita responsabilidade” a relatoria do projeto, prometendo lutar pela severa punição de criminosos.
Derrite também sinalizou grandes mudanças na proposta, mencionando que apresentará um substitutivo ao projeto, acatando pontos do Governo Federal, mas introduzindo mudanças significativas para criar um novo Marco Legal de Combate ao Crime Organizado no Brasil. Ele exemplificou que a previsão de pena pode variar de 20 a 40 anos para condutas de membros de organizações criminosas, como domínio de cidades e ataques a presídios.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com





