De Gioino a Flaco López: A Saga Argentina no Ataque do Palmeiras, Entre Expectativas e Glórias
Flaco López vive um momento de ascensão no Palmeiras, consolidando-se como peça-chave no ataque ao lado de Endrick. Seu desempenho notável o alçou à seleção argentina, onde fez sua estreia como titular ao lado de Lionel Messi, um feito que coroa sua trajetória ascendente.
Contudo, a comparação entre o nível técnico de Flaco e outros atacantes argentinos que vestiram a camisa do Palmeiras neste século revela a evolução do clube. Nomes como Gioino, Barcos e Cristaldo marcaram diferentes momentos, ilustrando a transformação do Verdão ao longo dos anos. A história dos “hermanos” no ataque palmeirense é repleta de contrastes, desde apostas frustradas a ídolos que deixaram sua marca.
Com o gol marcado contra o Red Bull Bragantino, Flaco López alcançou a marca de 23 gols na temporada, consolidando-se como o artilheiro isolado da equipe. Ele superou sua marca de 2024, quando balançou as redes 22 vezes, registrando sua temporada mais goleadora pelo clube. O atacante se aproxima de feitos importantes, tanto no Palmeiras quanto no cenário nacional.
No ranking de maiores artilheiros do Palmeiras em uma temporada neste século, Flaco está atrás apenas de Keirrison (24 gols em 2009), Barcos (28 gols em 2012), Vágner Love (28 gols em 2004) e Alex Mineiro (37 gols em 2008). Ele igualou Rony como o jogador com mais gols em uma temporada sob o comando de Abel Ferreira, com 23 gols em 2022. A tendência é que Flaco ultrapasse essa marca nas próximas rodadas, dado o seu ritmo impressionante.
Além do destaque no Palmeiras, Flaco López mira a artilharia nacional em 2025. Atualmente, Vegetti, do Vasco, lidera o ranking com 24 gols, apenas um a mais que o argentino. No Brasileirão, o palmeirense se aproxima de Kaio Jorge, do Cruzeiro, que soma 15 gols, mas não marca há seis jogos.
A primeira aposta argentina para o ataque palmeirense neste século, Sergio Gioino, não obteve o sucesso esperado. Contratado em 2005 após se destacar no futebol chileno, o atacante disputou 37 jogos e marcou apenas 7 gols pelo Verdão. Suas atuações não deixaram saudades na torcida, e sua passagem pelo clube foi considerada contestada.
Sete anos depois, o Palmeiras voltou a contratar um atacante argentino: Hernán Barcos. Anunciado em 2012, vindo da LDU, do Equador, Barcos rapidamente conquistou a torcida. Em um período de crise e campanhas abaixo do esperado, o atacante assumiu a titularidade e se destacou com seu faro de gol e sua marcante comemoração imitando um pirata, apelido que o consagrou.
Barcos foi peça fundamental na conquista da Copa do Brasil de 2012, mesmo ausente nas finais devido a uma apendicite. No entanto, não conseguiu evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Assim como Flaco López, Barcos foi convocado para a seleção argentina enquanto atuava pelo Palmeiras. Em 2013, o atacante se transferiu para o Grêmio, em uma negociação polêmica que ainda gera pendências financeiras para o clube paulista.
Em 2014, foi a vez de Pablo Mouche desembarcar no Palmeiras, integrando uma leva de argentinos contratados após a chegada do técnico Ricardo Gareca. Juntamente com Mouche, chegaram o zagueiro Tobio, o meio-campista Allione e o atacante Cristaldo. No entanto, a passagem de Mouche pelo Palmeiras foi discreta, com apenas 26 jogos e 3 gols marcados. Após ser emprestado para diversos clubes, seu contrato com o Verdão se encerrou, e ele permaneceu no San Lorenzo.
Por fim, Jonatan Cristaldo, que chegou ao clube junto com Mouche, foi o último argentino a ser contratado pelo Palmeiras antes de Flaco López. Apesar de não ter sido titular absoluto, Cristaldo se tornou um xodó da torcida palmeirense e foi o argentino que mais tempo atuou pelo clube. Em 2014, ajudou o time a escapar do rebaixamento e, no ano seguinte, contribuiu para a conquista da Copa do Brasil sobre o Santos, inclusive cobrando e convertendo um pênalti na decisão.
A passagem de Cristaldo pelo Palmeiras chegou ao fim em 2016, quando perdeu espaço e foi negociado com o Cruz Azul, do México. Ao todo, Cristaldo disputou 73 partidas e marcou 17 gols com a camisa alviverde. A história dos atacantes argentinos no Palmeiras é um mosaico de expectativas, desafios e momentos de glória, que se renova a cada nova aposta e a cada gol marcado.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
