Brasileiros Detidos em Israel Denunciam Condições Desumanas; Brasil Exige Liberação

Brasileiros Detidos em Israel Denunciam Condições Desumanas; Brasil Exige Liberação

Ativistas brasileiros detidos em Israel, juntamente com outros membros da Flotilha Global Sumud, relatam a falta de água e comida na prisão de Kesdiot, no deserto de Negev. Advogados denunciam que os mais de 400 detidos, incluindo 14 brasileiros e um nacional, foram privados de alimentação e acesso à água no dia 2 de outubro. Entre os detidos estão a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila, que permanecem incomunicáveis há mais de 40 horas.

As audiências, realizadas no porto de Ashdod, foram descritas como exaustivas, com duração superior a 15 horas e marcadas por restrições ao direito de defesa. Apesar das dificuldades, os ativistas mantêm-se firmes em sua missão humanitária e alguns iniciaram uma greve de fome em protesto contra o bloqueio imposto a Gaza, onde a população enfrenta escassez de alimentos. Há relatos de que alguns participantes foram processados sem representação legal, em possível violação das normas israelenses.

Um vídeo divulgado mostra os ativistas sentados no chão da prisão, sendo interrompidos pelas autoridades enquanto gritavam “Free Palestine”. Segundo informações, poucos aceitaram assinar o “Pedido de Saída Imediata”, documento que agiliza a deportação, mas implica o reconhecimento de entrada ilegal em Israel e o banimento do território por mais de um século. Sem a assinatura, a detenção pode se estender por até 72 horas.

Em nota oficial, o governo brasileiro condenou veementemente a interceptação “ilegal” e a detenção “arbitrária” dos ativistas pela marinha israelense em águas internacionais. O Itamaraty classificou a ação como uma “grave violação ao direito internacional”, enfatizando que 15 brasileiros estão entre os detidos, incluindo a deputada federal Luizianne Lins. A visita de representantes diplomáticos e consulares brasileiros está agendada para esta sexta-feira.

O Brasil exigiu a libertação imediata de seus cidadãos e dos demais defensores de direitos humanos, além de cobrar que Israel permita visitas consulares aos ativistas. A nota também ressalta que Israel deve ser responsabilizado por quaisquer atos ilegais ou violentos contra a flotilha e os participantes da missão humanitária. A situação continua a gerar tensão diplomática e levanta preocupações sobre o tratamento dos ativistas detidos.

Fonte: http://jovempan.com.br

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