Candidato a prefeito em Cruzeiro do Iguaçu, Jean Carlos Cardoso, enfrenta ação de cassação por suposto abuso de poder

Uma ação judicial eleitoral movida pela coligação “Família, Saúde, Segurança, Desenvolvimento e Paz de Cruzeiro do Iguaçu” pode impactar a eleição suplementar para prefeito e vice-prefeito no município de Cruzeiro do Iguaçu, no sudoeste do Paraná. O alvo da ação é o candidato Jean Carlos Cardoso, da coligação “Mudança de Verdade”, e outras seis pessoas, incluindo prefeitos e vereadores da região. A eleição suplementar está marcada para 5 de outubro, após a cassação dos diplomas do prefeito Reni Kovalski e da vice-prefeita Sandra Ghedin Turmina, confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
As denúncias apresentadas na ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) incluem alegações de abuso de poder político e econômico, além do uso da máquina pública para favorecer a campanha de Cardoso. A coligação acusadora aponta para o suposto uso indevido da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), coação de servidores, utilização de publicidade institucional em benefício da campanha e apoio irregular de agentes públicos. A ação foi protocolada na 115ª Zona Eleitoral de Dois Vizinhos/PR.
Um dos pontos centrais da acusação é o uso da estrutura da AMP, onde Cardoso atuava como Coordenador Regional até agosto deste ano. A coligação alega que, mesmo licenciado do cargo, o candidato continuou se beneficiando da estrutura da associação. Um exemplo citado é o caso de um influenciador digital, Jairo Ribeiro dos Santos, flagrado utilizando um veículo oficial da AMP e trajando um boton de campanha de Cardoso, mesmo sem ter vínculo formal com a entidade.
A ação também envolve o prefeito de Dois Vizinhos, Luiz Carlos Turatto, que teria declarado publicamente que a equipe da UPA do município estaria à disposição de Cardoso. Além disso, Turatto teria se vangloriado de ter coagido um servidor da saúde a apoiar o candidato. A coligação autora da ação considera o discurso uma “confissão pública de abuso de poder”, conforme registrado em vídeo anexado ao processo.
Outras denúncias incluem o uso de serviços de saúde vinculados ao Hospital Pró-Vida para promoção política, com funcionários supostamente informando o candidato sobre pacientes que necessitavam de transporte. A ação também aponta para o uso irregular de publicidade institucional pela atual administração de Cruzeiro do Iguaçu, com o prefeito interino e vereadores promovendo obras públicas em redes sociais e vinculando as ações ao slogan da campanha de Cardoso. Diante das alegações, a coligação requer a cassação do registro ou diploma de Jean Carlos Cardoso e a declaração de inelegibilidade dos demais envolvidos.
Fonte: http://www.portaldouglas.com.br