Assassinato de Ruy Ferraz: Polícia prende terceiro suspeito em São Paulo
A investigação sobre a morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, avança com a prisão de mais um suspeito. Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, de 42 anos, se entregou às autoridades em São Vicente, no litoral paulista, neste sábado (20). Ele é o terceiro indivíduo detido no caso, que chocou o estado.
Simões teve a prisão temporária decretada, com validade de 30 dias. Segundo informações, ele se apresentou à delegacia sem o celular. A defesa de Simões declarou à Folha de S. Paulo que pretende comprovar a inocência do cliente, mas ainda aguarda acesso aos autos do processo para definir a estratégia. Ele deverá passar por audiência de custódia.
Além de Jaguar, Luiz Henrique Santos Batista, apelidado de Fofão, de 38 anos, também foi preso na sexta-feira (19), em São Vicente. A polícia trabalha com a hipótese de que Fofão teria dado apoio logístico a Jaguar após o crime. Anteriormente, na quinta-feira (18), Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, tida como responsável por fornecer uma das armas utilizadas no ataque, já havia sido detida.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou a prisão do terceiro suspeito e informou que outras três pessoas com mandados de prisão em aberto seguem foragidas. A pasta garantiu que as investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes do crime e responsabilizar todos os envolvidos. O objetivo é identificar e prender todos os autores do assassinato.
Ruy Ferraz Fontes foi brutalmente assassinado na segunda-feira (15) ao ser emboscado quando deixava a prefeitura de Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração. O veículo em que estava foi alvejado por 29 disparos de fuzil. Segundo a Prefeitura de Praia Grande, duas pessoas que estavam na rua foram atingidas por balas perdidas, mas não correm risco de vida.
Com uma trajetória de destaque na Polícia Civil, iniciada em 1988, Ruy Ferraz Fontes chefiou a corporação entre 2019 e 2022, durante o governo de João Doria. O Secretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante o velório, ressaltou que o ex-delegado “teve como marca registrada o combate ao crime organizado”. Fontes também lecionou em universidades e na Academia da Polícia Civil.
Fonte: http://revistaoeste.com
