Aécio Neves critica anistia e propõe pacificação no Brasil

Senador discute projeto de dosimetria em entrevista

Aécio Neves discute a inconstitucionalidade da anistia e a necessidade de pacificação política no Brasil.
Na noite de 19 de setembro de 2025, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) concedeu uma entrevista ao Jornal Jovem Pan, onde abordou o polêmico Projeto de Lei da Anistia, agora também conhecido como PL da Dosimetria. O encontro ocorreu em um momento de forte polarização política no Brasil, e Aécio destacou a necessidade de pacificar o país.
Inconstitucionalidade da anistia
Aécio Neves afirmou que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a anistia para crimes contra o Estado democrático de direito é considerada inconstitucional. Ele declarou: “Respeito as pessoas que apoiam a anistia, e quem não apoia. Eu, pessoalmente, considero a anistia para crimes de abolição do Estado Democrático de Direito inconstitucional, como já definiu o Supremo.” O senador vê a discussão sobre o tema como uma oportunidade para resgatar o diálogo político no Brasil, enfatizando que “é preciso pacificar o Brasil”.
Proposta de dosimetria e atenuação de penas
Durante a entrevista, Aécio defendeu a ideia de atenuar penas para aqueles que participaram de forma menos significativa nos eventos de 8 de Janeiro, permitindo que essas pessoas possam retomar suas vidas. Ele sugeriu que a mudança no nome do projeto buscava evitar novos conflitos com o Poder Judiciário e promover um senso de justiça mais equilibrado.
Revisão do Código Penal
A comentarista Dora Kramer questionou Aécio sobre a possibilidade de alterar o Código Penal para reduzir penas. O senador respondeu que há espaço para uma revisão, mas ressaltou a importância de um projeto de convergência entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Ele mencionou que tal revisão poderia resultar na soltura de cerca de 200 brasileiros envolvidos nas manifestações.
PEC da blindagem e futuro da política
Ao final, Aécio expressou sua esperança de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da blindagem, que busca proteger parlamentares de processos judiciais, não avance no Senado. “Eu espero que essa PEC morra na praia”, declarou. O senador destacou que a política deve resolver suas questões internamente, evitando assim a radicalização dos extremos e promovendo um ambiente político mais centrado.
Aécio Neves concluiu ressaltando a importância do diálogo e da cooperação entre os poderes para o fortalecimento da democracia e a construção de um futuro mais justo para todos os brasileiros.