Redução do trabalho infantil entre beneficiários do Bolsa Família

Estudo revela queda acentuada na incidência de trabalho infantil em lares com assistência social

Estudo aponta que trabalho infantil entre beneficiários do Bolsa Família caiu para 5,2%, enquanto no Brasil é de 4,3%.

Na última pesquisa do IBGE, divulgada em 19 de setembro de 2025, em Brasília, foi constatado que o percentual de crianças e adolescentes submetidos ao trabalho infantil caiu mais acentuadamente entre aqueles que vivem em lares beneficiários do Bolsa Família. O percentual de pessoas de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil nesses lares é de 5,2%, totalizando 717 mil crianças. No Brasil como um todo, a taxa é de 4,3%, afetando 1,65 milhão de crianças.

Números e indicadores do caso

Em 2016, a diferença entre os dois grupos era de 2,1 pontos percentuais, com 7,3% dos beneficiários do Bolsa Família em trabalho infantil. A evolução mostra que, em 2024, essa diferença caiu para 0,9 ponto percentual. O pesquisador Gustavo Fontes observa que as crianças de lares beneficiados pelo Bolsa Família apresentaram uma redução mais acentuada do percentual em comparação ao total de crianças e adolescentes.

Impacto do Bolsa Família na frequência escolar

A pesquisa também revela que as crianças e adolescentes beneficiários do Bolsa Família têm taxas de frequência escolar superiores aos que não recebem o benefício. Entre os beneficiários, 91,2% frequentam a escola, enquanto a média para todos os que estão em situação de trabalho infantil é de 81,8%. No grupo de 16 a 17 anos, 82,7% dos beneficiários são estudantes, comparado a 90,5% entre aqueles que não trabalham.

Classificação do trabalho infantil

De acordo com o IBGE, o trabalho infantil é definido como aquele que prejudica a saúde e o desenvolvimento das crianças, sendo proibido até os 13 anos. Para os jovens de 14 a 15 anos, o trabalho é permitido apenas na forma de aprendiz. O levantamento destaca que, em lares beneficiários, a renda mensal per capita é de R$ 604, cerca de um terço da renda de lares que não recebem o Bolsa Família, que é de R$ 1.812.

Conclusão

Esses dados ressaltam a importância do Bolsa Família na redução do trabalho infantil e na promoção da educação entre as crianças e adolescentes, mostrando que o programa social tem um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das famílias vulneráveis.

Notícia feita com informações do portal: jovempan.com.br