Rejeição de Bolsonaro chega a 64% em nova pesquisa

Lula registra 52% e Tarcísio 40%

A pesquisa Genial/Quaest de setembro mostra que Jair Bolsonaro atinge 64% de rejeição, seguido por Lula com 52% e Tarcísio com 40%.
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18) mostra que a rejeição nacional ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegou a 40% em setembro. O índice, que em março era de 32%, vem subindo de forma constante nos últimos meses, sinalizando maior exposição do republicano no cenário eleitoral. No último mês, o índice oscilou um ponto para cima. Apesar da escalada, o patamar do republicano ainda está abaixo do registrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja rejeição está em 52% (também um ponto a mais do que em agosto), e a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que subiu sete pontos e atingiu o maior nível até agora: 64%.
Números e indicadores do caso
Outros nomes registraram índices ainda mais altos de desaprovação: Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lidera com 68%, seguida por Michelle Bolsonaro, com 61%, e Ciro Gomes (PDT), com 60%. O levantamento da Quaest também aponta um trunfo para o governador paulista. Tarcísio está entre os pré-candidatos mais desconhecidos nacionalmente: 34% dos eleitores afirmaram não saber quem ele é. Entre os que já o conhecem, 26% disseram que votariam nele. A comparação com Lula revela o abismo em termos de notoriedade: apenas 2% disseram não conhecer o presidente, e 46% afirmaram que votariam nele.
Repercussões políticas
A escalada de tensão gerou alertas em sua própria base. Após a repercussão, Tarcísio foi aconselhado a reduzir a temperatura do discurso e evitar novos desgastes públicos sobre o tema. Na última terça-feira, 16, tentou sinalizar moderação ao declarar: “O esforço que tinha de ser feito, foi feito”. Entre os eleitores que se declaram apoiadores de Bolsonaro, 23% apontam Tarcísio como preferido para suceder o ex-presidente.
Conclusão
A pesquisa, realizada entre 12 e 14 de setembro, ouviu 2.004 eleitores em 120 municípios, revelando um panorama desafiador para os candidatos em ascensão, especialmente para Tarcísio, cuja rejeição ainda é alta, mas que possui potencial para crescimento político se conseguir aumentar seu reconhecimento.