Desaparecidos em Icaraíma: Advogado Confirma Encontro com Suspeitos e Aponta Contradições
O caso dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, ganha novos contornos. Éder Cordeiro de Azevedo, advogado da família de Alencar Gonçalves de Souza, um dos desaparecidos, confirmou que o grupo se encontrou com Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo, de 22, apontados como suspeitos no caso. A informação intensifica as investigações e a busca por respostas sobre o paradeiro dos homens.
De acordo com o advogado, o encontro ocorreu em duas datas distintas. No dia 4 de agosto, as vítimas, Rafael, Diego e Robishley, teriam se encontrado com Alencar e juntos foram até a propriedade dos Buscariollo para negociar uma dívida. A negociação, no entanto, teria ficado para o dia seguinte, segundo relato dos suspeitos.
No dia 5 de agosto, Alencar teria saído de casa acompanhado dos outros três homens com destino ao sítio dos Buscariollo para cobrar a dívida de R$ 255 mil. “No dia anterior, eles tinham tratado que a dívida seria paga no dia 5 de agosto. Diego, Rafael e Robishley foram até a casa de Alencar, e deram carona para ele, foram juntos até lá [sítio dos Buscariollo]”, explicou Éder Cordeiro de Azevedo.
Ainda conforme o advogado, o encontro entre os quatro homens e Antonio e Paulo Buscariollo foi confirmado no dia do desaparecimento. “Ficaram de se encontrar no pesqueiro dos Buscariollo para a tratativa final”, disse Cordeiro, levantando suspeitas sobre o que teria acontecido no local.
Em contrapartida, Renan Farah, advogado de Antônio e Paulo Buscariollo, nega qualquer envolvimento de seus clientes no desaparecimento. Ele afirma que eles são inocentes e que irá apresentar provas, como o rastreamento dos celulares de pai e filho, para comprovar que eles não estiveram no local do crime. “Nós vamos conseguir provar que não foram eles. Eles não viram as duas outras vítimas no dia seguinte ao do primeiro encontro”, concluiu o advogado.
Um ponto crucial da investigação é o último contato de Alencar com a esposa, ocorrido no dia 5 de agosto, às 12h03. Na mensagem, Alencar informava ter recebido o valor da dívida. No entanto, o advogado levanta a suspeita de que a mensagem não tenha sido enviada por ele, já que a região onde ocorreu o encontro não possui sinal de celular. “Ainda não temos como afirmar, mas pelos fatos, foi outra pessoa que usou o celular dele”, disse Éder Cordeiro, adicionando mais um mistério ao caso.
Fonte: http://ric.com.br
