Grupos de autoajuda em destaque no Paraná
Audiência pública reforça importância da visibilidade das irmandades anônimas
Audiência pública no Paraná destaca a atuação de grupos anônimos como AA e NA, ressaltando a importância da visibilidade para o tratamento de dependências.
Na manhã desta terça-feira (16), ocorreu uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná, intitulada “Dando Voz aos Anônimos: ‘Só por Hoje'”, que abordou a atuação de grupos de autoajuda anônimos, como Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA). O evento destacou a importância da visibilidade desses grupos para ajudar pessoas em situação de dependência. O deputado Gilberto Ribeiro (PL) mencionou que um projeto de lei visa reconhecer o trabalho das irmandades como de relevante interesse público e social.
Importância da visibilidade
Os representantes dos grupos anônimos realizaram palestras sobre a história das organizações e como elas desembarcaram no Brasil e no Paraná. O médico psiquiatra Luiz Renato Carazzai, especialista em alcoolismo e dependência química, além de ex-integrante de AA, abriu a audiência pública explicando os objetivos e princípios gerais que guiam os grupos. “O comprometimento com transformações pessoais é importante não somente para o próprio indivíduo. O grupo todo se beneficia, uma vez que os participantes servem como modelos uns para os outros”, explicou. Carazzai também sugeriu que os grupos devem deixar de ser anônimos em termos de informação, atuando na prevenção em empresas e escolas.
Presença no Paraná
Atualmente, há 65 grupos de apoio para alcoólicos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Os grupos de Narcóticos Anônimos estão presentes em mais de 140 países e realizam mais de cinco mil reuniões semanais somente no Brasil, com 84 grupos em funcionamento no Paraná, organizando mais de 220 reuniões semanais. A psicóloga Briza Feitosa Menezes enfatizou a necessidade de derrubar tabus em relação ao alcoolismo e como os AA ajudam no tratamento.
Grupos de apoio e suas funções
Os grupos de apoio não se restringem ao cuidado dos dependentes químicos, mas também cuidam das cicatrizes geradas em quem convive com eles. O Al-Anon e o Alateen, por exemplo, oferecem suporte a familiares e amigos de dependentes, buscando levar força e esperança a todos. Marilia Kravetz, que representou os grupos no evento, destacou como os grupos ajudam a lidar com problemas gerados pelo alcoolismo, como negação e culpa, através do compartilhamento de experiências. O evento também contou com menções honrosas a participantes que contribuíram para o fortalecimento dos grupos de apoio.
Notícia feita com informações do portal: www.assembleia.pr.leg.br
