Camada de ozônio pode se recuperar até 2040
Projeções otimistas sobre a recuperação da proteção natural da Terra
Dados da OMM indicam que a camada de ozônio pode estar totalmente recuperada até 2040, com melhorias significativas já observadas.
Dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicam que a camada de ozônio, uma região crucial da estratosfera, pode estar totalmente recuperada até 2040, se as atuais políticas de proteção forem mantidas. Em 2024, a concentração de ozônio na atmosfera atingiu os níveis mais altos em anos, refletindo um aumento significativo na proteção contra a radiação ultravioleta.
Números e indicadores do caso
Conforme o Boletim de Ozônio e Radiação Ultravioleta, o valor médio global do ozônio foi superior ao observado entre 2003 e 2022. No Ártico, as concentrações de ozônio chegaram a ser entre 55 e 60 unidades Dobson (DU) acima da média, representando uma camada cerca de 14% mais espessa do que a registrada entre 1960 e 2023. Além disso, a radiação ultravioleta na superfície do Hemisfério Norte teve uma queda de até 5% em comparação com a média histórica do mesmo período.
Políticas de proteção e resultados
Desde a adoção da Convenção de Viena e do Protocolo de Montreal, o uso de clorofluorocarbonos (CFCs) caiu drasticamente. Estima-se que 99% das substâncias nocivas à camada de ozônio tenham sido eliminadas. Essa ação coletiva das nações, guiada pela ciência, demonstra que o progresso é possível quando há compromisso em respeitar os alertas científicos.
Expectativas futuras
Caso as condições atuais se mantenham, a previsão é que a camada de ozônio se recupere completamente na maior parte do planeta até 2040. No Ártico, essa recuperação deve ocorrer em 2045, enquanto a Antártida deve esperar até 2066 para ver resultados similares. Fatores naturais, como o fenômeno El Niño e a atividade solar, também têm contribuído para essa recuperação acelerada.
