Israel enfrenta bloqueio promovido pelo Catar

Ações de Netanyahu e reações da oposição marcam o cenário atual

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, denuncia uma tentativa de bloqueio internacional liderada pelo Catar, com apoio de outros países.
Na cúpula árabe-islâmica realizada em Doha nesta segunda-feira, 15, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país enfrenta uma tentativa de bloqueio internacional liderada pelo Catar, com a participação de outras nações que apoiam o terrorismo, como Irã e Hamas. O porta-voz israelense, Rafael Rozenszajn, afirmou que essa situação é preocupante e requer atenção imediata.
Tentativa de bloqueio internacional
Netanyahu ressaltou que a iniciativa do Catar visa impor um bloqueio midiático, financiado por somas vultosas de dinheiro, não apenas do Catar, mas também de países como a China. Ele destacou a necessidade de Israel se fortalecer internamente para resistir a essas pressões, afirmando: “Nos próximos anos, precisaremos reforçar nossas indústrias de armamento”. Essa postura surge após o bombardeio israelense, ocorrido na terça-feira, 9, a um prédio em Doha, que resultou na morte de seis pessoas, incluindo líderes do Hamas.
Reação do Catar e apoio internacional
O governo do Catar condenou a ação israelense, chamando-a de “terrorismo de Estado” e acusando Israel de violar sua soberania. Netanyahu, ao comparar a situação atual com a história antiga, afirmou que Israel precisa manter características de força militar e disciplina, semelhante às cidades-estados de Atenas e Esparta. Ele também mencionou o apoio contínuo dos Estados Unidos e de outras nações, enfatizando que o isolamento global não foi totalmente bem-sucedido.
Críticas da oposição
Em resposta, o líder da oposição, Yair Lapid, criticou as declarações de Netanyahu, afirmando que o isolamento de Israel é resultado de políticas equivocadas. Lapid argumentou que é possível criar um Israel próspero, amado e bem-sucedido, sem recorrer a ações que levem ao isolamento internacional. O debate sobre a estratégia do governo e suas consequências para a segurança nacional e a economia de Israel continua a ser um tema central na política do país.