Calendário de emendas e a fragilidade do governo Lula

Calendário de emendas e a fragilidade do governo Lula

Imposição de cronograma pode limitar poderes do Executivo

Calendário de emendas e a fragilidade do governo Lula
Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius

Mudanças no calendário de emendas podem reduzir controle do Planalto sobre o Congresso em 2026.

Na madrugada de 16 de setembro de 2025, o Planalto foi alertado de que o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Gervásio Maia (PSB-PB), tornará realidade a imposição do calendário de pagamento de emendas em 2026; essa medida pode retirar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o controle sobre a liberação de despesas, especialmente em ano eleitoral. A insatisfação entre parlamentares cresce devido ao baixo ritmo de pagamentos de emendas em 2025, onde até o momento o governo pagou R$ 11,31 bilhões dos R$ 50,38 bilhões autorizados.

A pressão por mudanças

A proposta de um calendário de emendas é vista como uma maneira de garantir que os deputados e senadores consigam liberar verbas antes das eleições, pavimentando seus projetos políticos. Atualmente, a maior parte das transferências assinadas pelos congressistas é obrigatória, mas o governo controla a vazão dos recursos, o que cria um cenário de dependência e pressão constante. A insatisfação é amplificada pelo fato de que muitos congressistas não conseguiram enviar sequer 20% do valor previsto para 2025 aos seus redutos eleitorais.

Expectativas e negociações

Nos próximos dias, espera-se que o relator se encontre com o deputado Danilo Forte (União-CE), conhecido como o idealizador do cronograma das emendas. A expectativa é que a LDO seja votada até outubro, e há um clima de urgência entre os parlamentares para que suas demandas sejam atendidas antes das eleições. O governo, no entanto, não mostra disposição em participar de um acordo que possa limitar seus próprios poderes.

Conclusão

A situação atual do governo Lula e a pressão por um calendário de emendas revelam um cenário de fragilidade política. As articulações no Congresso estão cada vez mais desafiadoras, e a capacidade do Planalto de controlar a liberação de recursos poderá ser significativamente reduzida, impactando as alianças necessárias para a governabilidade.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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