Brasil sob Lula enfrenta rombo fiscal e contas deterioradas

Brasil sob Lula enfrenta rombo fiscal e contas deterioradas

Análise aponta semelhanças com crise de 2014

A deterioração das contas públicas e externas no Brasil se agrava sob a liderança de Lula, lembrando o cenário de 2014.

A pouco mais de um ano das eleições de 2026, o Brasil volta a enfrentar um quadro de desequilíbrio macroeconômico, com a deterioração simultânea das contas públicas e externas, revivendo os chamados “déficits gêmeos”. O momento, segundo especialistas, guarda semelhanças com a conjuntura observada no segundo mandato de Dilma Rousseff, antes da crise fiscal e do impeachment.

O que são os déficits gêmeos

Os déficits gêmeos ocorrem quando um país apresenta, ao mesmo tempo, um déficit nominal elevado no resultado fiscal e um déficit em conta corrente nas transações com o exterior. Ambos os indicadores se agravaram durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impulsionados por um aumento dos gastos públicos e um aquecimento econômico considerado artificial por analistas.

Pressão fiscal crescente

No campo fiscal, os dados mostram aceleração das despesas com juros da dívida pública, que se aproximaram de R$ 1 trilhão nos 12 meses encerrados em julho. A taxa Selic em 15% tem elevado o custo da rolagem da dívida, resultando em um déficit nominal de 7,12% do PIB no governo central. O número sobe para 8,5% ao considerar estados e municípios. Destes, 8 pontos percentuais são atribuídos exclusivamente aos juros. A dívida pública bruta também avançou, atingindo 77,5% do PIB, com alta de seis pontos percentuais desde o início do atual governo.

Déficit externo em ascensão

No front externo, o déficit em conta corrente passou de 1,4% para 3,5% do PIB em um ano, puxado por uma balança comercial aquém do esperado e pelo aumento das saídas líquidas de serviços, lucros e dividendos. Com a economia interna aquecida, as importações cresceram e superaram os ganhos obtidos com exportações. A ausência de superávits primários recorrentes impede que o país abata parte desse passivo, agravando o quadro estrutural.

Notícia feita com informações do portal: www.conexaopolitica.com.br

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