China reconhece desafios econômicos após dados decepcionantes

Análise da situação econômica da China em agosto

A China admite um cenário econômico complexo após dados fracos. O governo busca estimular a demanda doméstica e estabilizar o emprego.
China reconhece desafios econômicos
O porta-voz da Administração Nacional de Estatísticas da China (NBS), Fu Linghui, afirmou, nesta segunda-feira (15), que a economia chinesa manteve resiliência em agosto, mas enfrenta um quadro de incertezas. Em coletiva de imprensa sobre dados econômicos do mês, ele destacou que o ambiente externo é “complexo e severo, com muitos fatores instáveis e incertos” e reconheceu que parte das empresas chinesas enfrenta dificuldades de operação.
Desafios do mercado interno
Segundo o porta-voz, a dificuldade das empresas ocorre porque “no mercado interno, a oferta é forte, mas a demanda é fraca”. Linghui apontou que o consumo e os preços seguem como prioridades. “É preciso fortalecer as políticas para expandir a demanda doméstica, estimular o consumo e promover a recuperação razoável dos preços”, disse, acrescentando que medidas de estímulo já mostram efeitos, como nas vendas de eletrodomésticos e veículos elétricos.
Dados econômicos em queda
Dados da indústria e varejo na China mostraram sinais de fraqueza. A produção industrial, por exemplo, cresceu 5,2% na comparação anual de agosto, desacelerando em relação ao ganho de 5,7% de julho e vindo abaixo da previsão de analistas consultados, que era de acréscimo de 5,8%. As vendas no varejo chinês avançaram 3,4% em agosto, também abaixo do desempenho de julho, que teve alta de 3,7%.
Setor imobiliário sob pressão
O setor imobiliário continua sob pressão, mas Linghui buscou sinalizar estabilização gradual. “O mercado de imóveis ainda passa por ajustes, mas as vendas e os preços vêm registrando queda mais lenta e o estoque de unidades encolheu por seis meses seguidos”, afirmou, acrescentando que esforços locais de desestocagem “já mostram resultados”. Linghui reforçou que a economia segue em trajetória de recuperação, mas que será necessário “expandir a demanda, estabilizar o emprego e continuar a promover o desenvolvimento estável e saudável da economia.”
Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br