Joias Roubadas em Assalto Acabam à Venda em Programa de TV: Vítimas Reconhecem Peças e Polícia Investiga

Um caso inusitado chamou a atenção da polícia e da mídia: joias roubadas em Ribeirão Preto foram oferecidas à venda em um programa de televisão de alcance nacional. A investigação teve início após as vítimas reconhecerem seus próprios pertences durante a exibição do programa, gerando uma onda de indignação e curiosidade.

O roubo, ocorrido em maio deste ano, teve como alvo uma residência no interior paulista. Quatro assaltantes invadiram o local, renderam uma família e subtraíram cerca de 300 joias e oito relógios, um prejuízo considerável para as vítimas. O que elas não imaginavam é que parte do tesouro perdido reapareceria em um contexto tão inesperado.

Um mês após o crime, a esposa de uma das vítimas assistia ao programa “1001 Noites”, transmitido de Curitiba, quando identificou um dos itens roubados sendo anunciado. Desconfiados, os familiares decidiram comprar oito das joias exibidas para confirmar se eram, de fato, suas. A aquisição se mostrou crucial para o desenrolar das investigações.

“Os produtos chegaram acompanhados de garantia e certificado, o que reforçou a ligação entre o roubo e as vendas televisivas”, informou a polícia. Após a confirmação, as autoridades foram acionadas e localizaram outras peças roubadas na sede da emissora, intensificando as suspeitas sobre a origem dos produtos.

Em sua defesa, o programa alegou que adquiria as joias de fornecedores cadastrados, mas não apresentou comprovação da procedência dos itens. A emissora declarou que a compra das peças veio de um fornecedor mineiro, Haig Hovsepian, que, por sua vez, alegou ter adquirido o lote de Diego de Freitas, conhecido como Diego Ouro, de Ribeirão Preto. Ambos negaram envolvimento no esquema.

As investigações da Polícia Civil resultaram na prisão de um suposto receptador em Ribeirão Preto, onde foi encontrado um celular destruído durante a operação. Um dos responsáveis pelo roubo, Welker dos Santos Ferreira de Mattos, foi detido após ser reconhecido pelas vítimas, enquanto outros dois suspeitos permanecem foragidos. Até o momento, apenas 10% das joias foram recuperadas, e o Ministério Público de São Paulo continua as investigações para identificar demais envolvidos no caso.

Fonte: http://revistaoeste.com