Pesquisa aponta desafios para Lula em 2026 em meio a crises e cenário econômico instável
Uma pesquisa recente da Gerp, divulgada pela revista Exame, indica um cenário desafiador para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua possível busca pela reeleição em 2026. Os resultados mostram que Lula perderia em diversos cenários eleitorais testados, um balde de água fria para o núcleo do governo.
A pesquisa surge em um momento de turbulência política e institucional para o governo. O Planalto enfrenta uma complexa combinação de fatores, incluindo tensões comerciais com os Estados Unidos, sanções a ministros do STF e um escândalo envolvendo a Previdência. A perda de apoio no Congresso e críticas da mídia internacional também pesam sobre a imagem do presidente.
O cenário econômico também contribui para o desgaste do governo. Apesar de alguns indicadores positivos divulgados pelo IBGE, o poder de compra da população permanece em declínio. A alta do dólar, a inflação persistente e os juros elevados afetam o custo de vida, enquanto a carga tributária aumenta na tentativa de equilibrar as contas públicas.
A pesquisa da Gerp, considerada um termômetro do eleitorado em Brasília, revela um quadro preocupante para o presidente. Lula aparece atrás de nomes como Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, e em empate técnico com outros possíveis candidatos.
No cenário estimulado de primeiro turno, Bolsonaro lidera com 38% das intenções de voto, seguido por Lula com 32%. Ciro Gomes (5%), Ratinho Jr. (4%) e Romeu Zema (3%) aparecem em seguida. Os números indicam uma disputa acirrada e incerta para as próximas eleições presidenciais.
Em simulações de segundo turno, Lula é derrotado na maioria dos confrontos diretos. Jair Bolsonaro, por exemplo, venceria com 49% dos votos contra 38% de Lula. Michelle Bolsonaro também superaria o atual presidente, com 48% a 37%.
A pesquisa também avaliou o desempenho do vice-presidente Geraldo Alckmin como possível candidato. Os resultados, entre 14% e 15%, sugerem dificuldades na transferência de votos de Lula para um eventual sucessor, indicando uma redistribuição do eleitorado para outros candidatos.
A pesquisa da Gerp foi realizada entre 22 e 27 de agosto de 2025, com 2.000 eleitores em todo o país, utilizando entrevistas telefônicas assistidas por computador (CATI). A margem de erro é de 2,24 pontos percentuais, com um grau de confiança de 95,55%.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br
