Megaoperação contra lavagem de dinheiro: PF investiga possível vazamento após oito suspeitos fugirem
Uma megaoperação da Polícia Federal (PF) deflagrada na última quinta-feira (28) contra a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis resultou em oito pessoas foragidas. As operações, denominadas Quasar, Tank e Carbono Oculto, miravam grupos criminosos que atuavam em larga escala.
Dos 14 mandados de prisão expedidos, apenas seis foram cumpridos, levantando suspeitas de vazamento de informações. A PF não descarta essa possibilidade e já iniciou investigações para apurar se houve falha de segurança.
A Operação Tank, uma das frentes da ação, concentrou-se em desmantelar “uma das maiores redes de lavagem de dinheiro já identificadas no Paraná”, segundo informações oficiais. A investigação revelou um esquema complexo com ramificações em diversas empresas.
Segundo o Ministério da Justiça, o grupo criminoso atuava desde 2019 e movimentou mais de R$ 23 bilhões através de uma rede extensa de empresas, incluindo postos de combustíveis e instituições financeiras. Esse montante expressivo demonstra a dimensão do esquema.
“O fato de apenas seis dos 14 alvos terem sido encontrados não é uma estatística normal das operações da PF”, declarou o diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, durante coletiva de imprensa. A declaração reforça a preocupação com a possibilidade de vazamento.
As operações Quasar e Carbono Oculto também tiveram objetivos específicos. A Quasar buscou desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituições financeiras, enquanto a Carbono Oculto focou em um esquema de fraudes, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis controlado pelo crime organizado. A PF continua as buscas pelos foragidos.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
