PGR pede reforço policial na residência de Bolsonaro em meio ao cumprimento de prisão domiciliar
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o aumento do policiamento na residência em Brasília onde o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. O pedido, que partiu inicialmente do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), visa garantir o cumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. A solicitação agora aguarda a análise do ministro Alexandre de Moraes.
O documento da PGR enfatiza que o reforço policial é necessário para assegurar a “aplicação da lei penal” no caso de Bolsonaro. A procuradoria sugere que a Polícia Federal (PF) intensifique a vigilância nas proximidades da residência do ex-presidente, sem, contudo, invadir sua privacidade ou perturbar a vizinhança.
“Parece ao Ministério Público Federal de bom alvitre que se recomende formalmente à polícia que destaque equipes de prontidão em tempo integral para que se efetue o monitoramento em tempo real das medidas de cautela adotadas”, declarou a procuradoria em sua recomendação.
Jair Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, após assinar o termo judicial em sua residência em Brasília. A medida foi imposta devido ao suposto descumprimento de cautelares anteriormente determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Desde 18 de julho, Bolsonaro já estava sujeito a restrições como a proibição de contato com autoridades estrangeiras e o uso de redes sociais.
Além das medidas já em vigor, a prisão domiciliar impõe novas proibições a Bolsonaro, como o uso de telefone celular e o recebimento de visitas não autorizadas pelo STF. Apenas seus advogados e familiares residentes, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha do casal, estão autorizados a ter contato com ele.
Na próxima terça-feira, dia 2 de setembro, Bolsonaro e outros sete aliados, réus no núcleo 1 da investigação sobre a trama golpista, serão julgados pela Primeira Turma do STF. O julgamento promete ser um marco importante no caso.
Fonte: http://ric.com.br
