Segurança Preso por Tentar Vender Imagens da Tragédia em Fábrica de Explosivos no Paraná

Um segurança terceirizado de 27 anos foi detido no Paraná sob a acusação de tentar comercializar imagens do circuito interno da fábrica Enaex Brasil, palco de uma explosão devastadora que resultou na morte de nove pessoas. O acesso privilegiado às gravações, proveniente de seu vínculo com uma empresa prestadora de serviços, colocou o indivíduo sob investigação por violação de sigilo profissional.
A Enaex Brasil manifestou repúdio à conduta do funcionário terceirizado, assegurando total colaboração com as autoridades e a empresa de segurança para a responsabilização do envolvido. A empresa também enfatizou que as imagens originais permanecem sob custódia exclusiva da polícia, garantindo a integridade da investigação.
De acordo com a apuração policial, o segurança teria oferecido o material a emissoras de TV locais, estipulando o valor de R$ 5 mil pelas gravações. A prisão ocorreu no último sábado, marcando um ponto crucial na investigação das circunstâncias que levaram à explosão.
Apesar da apreensão do celular do suspeito, ele foi liberado após assinar um termo de compromisso, respondendo em liberdade por violação de sigilo profissional. As autoridades mantêm a identidade do indivíduo em sigilo, assegurando que suas ações não comprometeram o andamento da investigação, que também permanece sob sigilo.
A tragédia na fábrica da Enaex Brasil, ocorrida na última terça-feira, ceifou a vida de nove pessoas e deixou sete feridos. A explosão, de grande magnitude, abriu uma cratera de aproximadamente 25 metros quadrados, evidenciando o alto potencial destrutivo dos materiais ali manipulados. A Enaex, que atua na produção de explosivos para os setores de mineração e construção civil, lamentou profundamente o ocorrido.
“A Enaex declarou que não compactua com a atitude e que atua junto à empresa terceirizada e às autoridades para responsabilizar o funcionário”, informou a empresa em nota. A Prefeitura de Quatro Barras, onde a Enaex opera há 50 anos, expressou solidariedade às famílias das vítimas, ressaltando que a empresa possuía todas as licenças de funcionamento em dia.
Fonte: http://revistaoeste.com