Do Fax ao WhatsApp: Müller Revela Como Era a Convocação para a Seleção Brasileira nos Anos 80
Antes da era digital, a emoção de ser convocado para a Seleção Brasileira chegava de maneira bem diferente. O ex-craque Müller, ídolo do São Paulo, relembrou em entrevista ao podcast *Prieto TV* como a notícia que mudava a vida de um jogador era transmitida: um telefonema para o número fixo de sua casa.
Aos 20 anos, atuando pelo São Paulo, Müller viveu essa experiência. “A Terezinha, da CBF, ligava na tua casa: ‘Müller, você foi convocado para o amistoso da seleção brasileira, tá bom?'”, recorda o ex-atacante. O planejamento da viagem, por sua vez, chegava ao clube por fax ou telegrama, bem distante da instantaneidade dos dias atuais.
O processo, como descreve Müller, contrastava com a facilidade da comunicação moderna. “Aí, você chegava no clube, o gerente te falava ‘olha, você foi convocado, parabéns, vai viajar amanhã’, etc. Aí, a gente ia sozinho, de carro, ou de taxi para o aeroporto. Pegava a ponte aérea de Congonhas para o Rio de Janeiro. Em 40 minutos, estava lá “, detalha.
Além da comunicação, a concorrência por uma vaga na Seleção era acirrada. Müller rememora a qualidade dos jogadores da época, citando nomes como Renato Gaúcho, Casagrande, Éder, Careca, Zico, Sócrates, Falcão e Dirceu. “Naquela época tinha que ser bom mesmo para (merecer) estar em uma convocação, não pra Copa do Mundo. Tinha muita gente boa. A safra era rica”, afirma.
Agora, com Carlo Ancelotti no comando, a Seleção busca resgatar o prestígio de outrora. O treinador italiano já divulgou uma lista de 50 jogadores para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, incluindo Neymar Jr. Resta saber se os convocados, avisados por meios muito mais ágeis, conseguirão honrar a tradição da camisa amarela como os craques do passado.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
