Buscas por Vítimas de Explosão em Fábrica no Paraná Pausadas para Análise

As buscas por vestígios biológicos das vítimas da explosão na fábrica da Enaex Brasil, localizada em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram temporariamente suspensas. A medida foi tomada para que as equipes possam analisar os mais de mil fragmentos coletados nos últimos quatro dias, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp).
A força da explosão resultou na fragmentação dos corpos, dificultando a identificação. O secretário Hudson Teixeira informou que, com o apoio dos governos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a expectativa é que o processo de identificação seja concluído em cerca de 10 dias, um prazo menor do que os 30 dias inicialmente previstos.
A Polícia Federal também foi acionada para auxiliar nas investigações e na identificação dos restos mortais. As buscas foram realizadas de forma minuciosa, com o uso de drones, cães farejadores e equipes de busca manual. A área da explosão permanece sob monitoramento da Polícia Militar, sem previsão de liberação.
Na próxima segunda-feira (18), autoridades se reunirão com os familiares das nove vítimas fatais para apresentar um balanço do trabalho realizado até o momento. A reunião contará com a presença da Defensoria Pública, assistentes sociais e representantes da Enaex Brasil, que lamentou a tragédia e se comprometeu a prestar apoio integral às famílias.
Os nove funcionários que perderam a vida na explosão eram operadores da fábrica. A Enaex Brasil divulgou os nomes das vítimas: Camila de Almeida Pinheiro, Cleberson Arruda Correa, Eduardo Silveira de Paula, Francieli Gonçalves de Oliveira, Jéssica Aparecida Alves Pires, Márcio Nascimento de Andrade, Pablo Correa dos Santos, Roberto dos Santos Kuhnen e Simeão Pires Machado.
A explosão ocorreu em uma área de 25 metros quadrados destinada ao armazenamento de explosivos para transporte, por volta das 5h50. Segundo o Corpo de Bombeiros, o material possuía um alto poder destrutivo, resultando em uma cratera no local. A prefeitura de Quatro Barras confirmou que a Enaex Brasil possuía todas as licenças necessárias e operava dentro dos protocolos de segurança. O caso segue sob investigação para apurar as causas da tragédia.
Fonte: http://massa.com.br