IFCN Defende Responsabilidade de Big Techs no Combate à Desinformação: ‘Não Há Quem Queira Ser Enganado’

IFCN Defende Responsabilidade de Big Techs no Combate à Desinformação: ‘Não Há Quem Queira Ser Enganado’

Em meio à crescente preocupação com a disseminação de notícias falsas, o International Fact-Checking Network (IFCN) defende que as grandes empresas de tecnologia, as chamadas ‘big techs’, devem assumir maior responsabilidade no combate à desinformação. A afirmação foi feita durante a 12ª edição do Global Fact, principal encontro mundial de checadores de fatos, realizado no Rio de Janeiro e com cobertura especial da Agência Brasil e da EBC.

O evento reuniu jornalistas e especialistas de diversas partes do mundo para discutir os desafios e as estratégias no enfrentamento à desinformação, termo que, segundo o IFCN, vai além de simples boatos e configura um projeto político de manipulação. A diretora do IFCN, Angie Drobnic Holan, ressaltou a importância do trabalho dos checadores de fatos e a necessidade de tornar as pessoas mais conscientes na busca por fontes confiáveis de informação.

“As pessoas querem acesso a informações precisas. Querem liberdade para explorar novas ideias e ter opiniões fortes, mas não consigo pensar em ninguém que defenda ser enganado ou queira consumir informações falsas”, afirmou Holan. Ela também destacou o papel fundamental dos princípios éticos que norteiam o trabalho dos checadores de fatos.

Durante o Global Fact, foram discutidos temas como o impacto da inteligência artificial (IA) no ecossistema de informações e as dificuldades de acesso a dados confiáveis em cenários de guerra. Angie Holan mencionou a preocupação com a redução de equipes de checagem de notícias em empresas de tecnologia, como a Meta, e a necessidade de estratégias para lidar com essas incertezas.

Ao abordar a regulação das big techs, Holan ponderou que o IFCN não se posiciona sobre projetos legislativos específicos, mas defende que essas empresas, como qualquer outra, têm a responsabilidade de promover informações precisas e não a desinformação. “Filosoficamente, sentimos que as *big techs*, assim como quaisquer outras empresas, têm a responsabilidade de tentar promover informações precisas e não de promover desinformação ou mentiras intencionalmente”, concluiu.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

admin

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *