Brasil e Interpol Unem Forças Contra o Crime Transnacional em Acordo Histórico

Brasil e Interpol Unem Forças Contra o Crime Transnacional em Acordo Histórico

O Brasil e a Interpol formalizaram um acordo de cooperação ampliada, sinalizando um esforço conjunto intensificado no combate ao crime organizado transnacional. A declaração de intenções foi assinada durante a visita do Presidente Lula à sede da Interpol em Lyon, França, marcando um novo capítulo na colaboração internacional contra atividades criminosas globais. O acordo visa fortalecer a capacidade de ambos em desmantelar redes criminosas e modernizar as ferramentas de segurança pública.

“Uma das consequências perversas da globalização é a articulação de grupos criminosos para além das fronteiras nacionais”, declarou Lula, enfatizando a urgência de ações multilaterais coordenadas. O presidente destacou que a cooperação policial continuará sendo uma prioridade da política externa brasileira, com foco especial no combate à lavagem de dinheiro e outras formas de financiamento do crime.

A parceria renovada entre Brasil e Interpol tem como pilares a ampliação da cooperação internacional, a desarticulação de organizações criminosas transnacionais, o apoio à modernização tecnológica dos órgãos de segurança pública e a promoção da proteção de grupos vulneráveis e dos direitos humanos na atuação policial. A iniciativa surge em um momento crucial, com a criminalidade evoluindo em velocidade sem precedentes.

A eleição do delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza como Secretário-Geral da Interpol, em novembro de 2024, adiciona um significado especial a este acordo. Sendo o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar o cargo, Urquiza vê o acordo com o Brasil como um modelo a ser seguido por outras nações. Lula elogiou a nomeação de Urquiza, considerando-a um reconhecimento da credibilidade do Brasil no combate ao crime organizado.

Urquiza anunciou a criação de uma nova força-tarefa internacional focada em organizações criminosas transnacionais atuantes na América do Sul. “Nosso objetivo é claro: enfraquecer as estruturas de comando dessas organizações, interromper seus fluxos financeiros e responsabilizar judicialmente seus principais articuladores”, explicou o delegado. A Interpol atua na apuração de crimes graves, como tráfico de pessoas, exploração sexual infantil, tráfico de drogas e crimes cibernéticos e ambientais.

Durante o evento, Lula foi homenageado com uma medalha da Interpol por sua dedicação ao combate ao crime transnacional, enquanto Urquiza recebeu a Ordem de Rio Branco no grau de Grande Oficial. O evento na Interpol encerrou a agenda de Lula na França, que incluiu discussões sobre o acordo Mercosul-União Europeia, assinatura de acordos bilaterais e participação em eventos culturais e ambientais.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

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