Bafo de Bode se perde nas contas e traficantes querem o seu “couro”

Causos que o povo conta – A paz anda em falta na vila de Nhocunhé, ao sul do mundo de Nárnia, onde o personagem Bafo de Bode resolveu dar um tempo na reabilitação — mais precisamente, pulou o muro da casa de recuperação e caiu direto nos braços do problema. Até foi oferecido um emprego pra ele no local, mas prefere ficar incomodando e dando golpe do fiado pelos bares do vilarejo.
Em poucas semanas, acumulou uma dívida que faria até agiota chorar, tudo com um pessoal que não aceita Pix parcelado. Os vizinhos dizem que ele anda dormindo com um olho fechado e outro bem o outro na direção da esquina, esperando o barulho da moto sem escapamento e dos disparos.
Mas o que realmente vem tirando o sossego da cidade não é só a gritaria na madrugada ou os surtos paranóicos do Bafo — é a língua dele. De vez enquando, após um gole e outro, resolve virar comentarista político, filósofo e até advogado de si mesmo, querendo se credenciar como perseguidor oficial do prefeito do chapéu. Aos mais chegados, ele inventa uma teoria nova, uma denúncia sem prova e um desaforo com voz embargada, além de se dizer conhecido politicamente e que deputados forasteiros veem lhe pedir apoio e conselhos.
A situação chegou a tal ponto que dois comunicadores locais, já conhecidos por separar o joio do trigo e não serem mercenários para ficarem quietos, passaram a desmentir as mentiras do Bafo em tempo real. Até o convidaram para que ele tome um café impertinente com eles e debatam sobre o futuro do imposto predial, do INSS e dos rumos do Brasil em 2026.
Entre gargalhadas e olhares espanto, o reality show da decadência. Qualquer semelhança com a realidade é puramente bobagem.