Ondas Gigantes no Rio de Janeiro Deixam Rastro de Destruição e Mortandade de Pinguins
A ressaca que castigou o litoral do Rio de Janeiro nesta semana, reflexo de um ciclone extratropical, deixou um rastro de destruição e surpresa. A força do mar invadiu a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, arrastando areia para as pistas e causando transtornos aos moradores e comerciantes da região. Equipes da Comlurb seguem trabalhando na limpeza da área, enquanto a população contabiliza os prejuízos.
Em meio à limpeza da orla, uma cena chamou a atenção: cinco pinguins foram encontrados mortos nas praias do Arpoador e da Barra da Tijuca. O Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da UERJ foi acionado para coletar o material e investigar as causas das mortes. A ocorrência levanta questionamentos sobre o impacto das mudanças climáticas na fauna marinha.
De acordo com a Marinha, a previsão é que as ondas, que chegaram a atingir entre 2,5 e 3,5 metros de altura, comecem a perder força a partir da noite desta quinta-feira (31). A Avenida Delfim Moreira, no Leblon, permanece interditada nos dois sentidos para a remoção da areia e detritos. Comerciantes da orla mantêm os quiosques fechados por medida de segurança.
Nesta época do ano, os pinguins costumam migrar da Antártida para o Rio de Janeiro, atravessando o Estreito de Magalhães. A combinação das ondas gigantes com a época de migração pode ter contribuído para a morte dos animais. “É fundamental investigar as causas para evitar que mais pinguins sejam vítimas dessa situação”, afirma um especialista da UERJ.
A cidade do Rio de Janeiro registrou a temperatura mais baixa do ano, com mínima de 10ºC. O Sistema de Alerta Rio informa que não há previsão de chuva para os próximos dias, mas ventos moderados podem ocorrer, com rajadas pontualmente fortes na sexta-feira (1º) e no sábado (2). As temperaturas devem subir gradualmente nos próximos dias.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
