Entregadores do Rio terão mochilas fornecidas por aplicativos sob nova lei

Entregadores do Rio terão mochilas fornecidas por aplicativos sob nova lei

Uma nova lei no Rio de Janeiro obriga os aplicativos de entrega a fornecerem gratuitamente as mochilas térmicas para seus entregadores. A medida, sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial, visa padronizar os equipamentos e aumentar a segurança, com as bolsas contendo a logomarca do aplicativo e numeração individual para rastreamento.

De acordo com a lei, as empresas terão 90 dias para se adequarem às novas regras, que incluem a manutenção de um cadastro atualizado dos equipamentos fornecidos e a substituição de bolsas danificadas. O descumprimento pode acarretar em suspensão temporária do serviço e multa de R$ 5 mil por bolsa irregular.

Para Tassiano Alves, diretor da União Motoboy e Bike (UMB-RJ), a medida é positiva, aliviando o custo das mochilas para os trabalhadores. Ele ressalta, porém, a incerteza quanto ao cumprimento da lei, mencionando que a distribuição atual é irregular e dependente de algoritmos ou eventos.

Além da questão financeira, a lei busca dificultar a ação de criminosos que usam bolsas genéricas para cometer assaltos. Contudo, entregadores temem que a falta de padronização por conta própria possa gerar perseguição e punições por parte dos aplicativos.

Edgar Francisco da Silva, presidente da AMA-BR, critica a nova lei, defendendo o cumprimento da legislação federal existente, que regulamenta a profissão de motoboy e estabelece normas de segurança. “Tem que cumprir a lei federal e não inventar essas modas novas, fazer puxadinho”, avalia.

As plataformas de entrega, por meio da Amobitec, manifestaram preocupação com os custos excessivos e a efetividade da medida, alegando intervenção desproporcional do Estado e a possibilidade de fraudes. A associação defende soluções mais colaborativas para aprimorar a segurança e as condições de trabalho dos entregadores.

Alves, da UMB-RJ, destaca que a questão das mochilas é apenas uma das muitas necessidades da categoria. “O ideal seria a formalização da categoria, uma profissionalização melhor. Seria bem mais interessante para todos, porque a gente teria mais direitos”, defende, ressaltando a importância de pontos de apoio com infraestrutura adequada.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

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