Escalada no Oriente Médio: EUA Atacam Instalações Nucleares Iranianas em Operação Surpresa

Escalada no Oriente Médio: EUA Atacam Instalações Nucleares Iranianas em Operação Surpresa

Em uma escalada dramática das tensões no Oriente Médio, os Estados Unidos, sob a ordem do presidente Donald Trump, lançaram ataques aéreos contra três instalações nucleares iranianas no sábado. A Operação Midnight Hammer, como foi denominada, eleva significativamente a já crescente tensão entre Irã e Israel, marcando um ponto de inflexão no conflito regional. O anúncio do ataque foi feito pelo próprio presidente Trump, sinalizando a seriedade da ação.

Os alvos escolhidos – Fordow, Natanz e Isfahan – representam o cerne do programa nuclear iraniano. Essas instalações abrigam atividades cruciais como o enriquecimento de urânio, o processamento químico e o desenvolvimento de combustível nuclear. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já monitorava esses locais, alguns dos quais já foram alvos de ataques israelenses no passado.

Fordow, localizada perto de Qom, é uma instalação subterrânea fortificada, escavada em uma região montanhosa. Sua construção, revelada publicamente apenas em 2009, remonta aos anos 2000. Segundo dados da AIEA, abriga cerca de 2.700 centrífugas. O acordo nuclear de 2015 previa que Fordow se tornasse um centro de pesquisa pacífica, mas a retirada dos EUA do acordo em 2018 limitou as inspeções.

Em 2023, inspetores da AIEA detectaram partículas de urânio com pureza de 83,7% em Fordow, um nível perigosamente próximo dos 90% necessários para a produção de armas nucleares. A profundidade da instalação exigiria o uso de armamentos de penetração extrema, como a bomba GBU-57, utilizada por bombardeiros B-2 Spirit. Após o ataque, Trump declarou enfaticamente: “Fordow já era”.

Natanz, situada a cerca de 250 km ao sul de Teerã, é a principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã. Possui seis edifícios em superfície e três estruturas subterrâneas, com capacidade para até 50 mil centrífugas. A AIEA relata que Natanz enriquecia urânio a níveis de até 60%. Esta instalação já havia sido alvo de operações de sabotagem atribuídas a Israel. Ao contrário de Fordow, Natanz continuava a receber inspeções da AIEA, mesmo após a retirada dos EUA do acordo nuclear.

O complexo de Isfahan, no centro do Irã, é considerado o núcleo de processamento químico do programa nuclear iraniano. Emprega cerca de 3 mil cientistas e é responsável pela conversão de óxido de urânio em hexafluoreto de urânio, um componente essencial para uso em centrífugas. Além disso, abriga três reatores de pesquisa e instalações de produção de combustível, revestimento com zircônio, entre outros laboratórios. Isfahan também abriga unidades militares, como fábricas de drones e aeronaves F-14 Tomcat. Israel já conduziu ataques pontuais contra essas estruturas no passado.

Ainda não há informações oficiais sobre a extensão dos danos causados pelos ataques dos EUA. No entanto, fontes militares americanas afirmam que os alvos nucleares estratégicos foram severamente atingidos. O governo Trump declarou que a operação representa um “retrocesso irreversível” no programa nuclear iraniano. A situação continua tensa, e o mundo observa atentamente as possíveis consequências desta escalada no Oriente Médio.

Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br

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