PT busca estratégias para as eleições de 2026 em meio a incertezas

Partido dos Trabalhadores analisa cenários eleitorais e articulações em vários estados

O PT trabalha em um diagnóstico para as eleições de 2026, enfrentando incertezas em estados-chave.
PT realiza diagnóstico eleitoral para as eleições de 2026
Durante o mês de novembro, o Partido dos Trabalhadores (PT) está conduzindo um diagnóstico dos palanques em diversos estados, com o intuito de avaliar os cenários mais favoráveis para as eleições de 2026. Sob a coordenação do deputado federal José Guimarães (PT-CE), o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) foi estabelecido no dia 6 de novembro.
Prioridades do grupo e cenário atual
A principal prioridade do GTE é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recentemente confirmou sua candidatura a um quarto mandato. Além disso, o partido busca articular alianças nos estados, visando ampliar sua representação no Congresso Nacional, especialmente no Senado. Contudo, as lideranças do PT enfrentam um cenário indefinido em estados estratégicos como São Paulo e Minas Gerais, o que poderá complicar as negociações.
Desafios nas candidaturas em estados-chave
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ainda não definiu se irá concorrer à reeleição ou se lançará sua candidatura ao Planalto. Para o PT, a aposta é no ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que, embora tenha sido cogitado, tem mostrado resistência em se comprometer com a disputa.
Alternativas como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também estão na mesa, mas ele também hesita em entrar na corrida. Enquanto o PT avalia essas opções, outros nomes como Márcio França (PSB) e Simone Tebet (MDB) estão sendo considerados para possíveis candidaturas ao Senado.
Candidaturas em Minas Gerais e Maranhão
Minas Gerais apresenta um cenário complexo, onde o senador Rodrigo Pacheco (PSD), visto como o “candidato do coração” de Lula, poderá optar por concorrer ao governo ou se candidatar a uma vaga no STF. O PT, por sua vez, planeja indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF, enquanto busca uma estratégia para o apoio a Pacheco.
No Maranhão, a situação é ainda mais conturbada, com uma disputa interna entre o atual governador Carlos Brandão (PSB) e o vice Felipe Camarão (PT), que também deseja concorrer ao governo. As articulações estão complicadas pela resistência de Brandão em deixar o cargo, o que poderia favorecer a candidatura de Camarão.
Articulações no Rio de Janeiro e Pernambuco
No Rio de Janeiro, o PT considera apoiar a candidatura do prefeito Eduardo Paes (PSD) ao governo, que lidera as pesquisas. O partido almeja que a deputada federal Benedita da Silva dispute uma das vagas ao Senado. Em Pernambuco, o PT está em diálogo com o PSB para garantir a reeleição do senador Humberto Costa, enquanto tenta estabelecer laços com a governadora Raquel Lyra (PSD), em um esforço para expandir sua base de apoio.
Conclusão
Com as eleições de 2026 se aproximando, o PT precisa desatar diversos nós políticos em estados estratégicos. A análise em andamento será fundamental para moldar o futuro do partido e suas chances de sucesso nas próximas eleições.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Hugo Barreto/Metrópoles



