Protestos em massa no México contra a presidente Sheinbaum
Marchas expressam descontentamento com a política de segurança do governo
Marchas em massa em Cidade do México protestam contra política de segurança de Claudia Sheinbaum.
Protestos no México contra a presidente Sheinbaum
Neste sábado (15), milhares de pessoas marcharam nas ruas da Cidade do México em uma manifestação contra a violência e a política de segurança do governo da presidente Claudia Sheinbaum. Convocada principalmente pelas redes sociais, a marcha foi impulsionada por membros da chamada “Geração Z”, jovens com menos de 28 anos.
Os manifestantes, que percorriam importantes avenidas da capital, usavam chapéus similares aos de Carlos Manzo, o prefeito de Uruapan, assassinado em 1º de novembro. Manzo era conhecido por sua abordagem ousada no combate ao crime, utilizando patrulhas e até helicópteros. A atual prefeita de Uruapan, Grecia Quiroz, que é viúva de Manzo, se distanciou da marcha, afirmando que o “Movimento do Chapéu” não estava associado ao protesto.
Durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira, Sheinbaum questionou a legitimidade da mobilização, descrevendo-a como “inorgânica” e sugerindo que era financiada por interesses externos. Ela afirmou que a convocação era um ataque ao seu governo, desconsiderando o clamor popular.
Os protestos ganharam força em frente ao Palácio Nacional, onde a presidente reside e trabalha. Os manifestantes derrubaram algumas das grades de proteção do edifício, enquanto a polícia tentou conter a situação com extintores e gás lacrimogêneo. A tensão aumentou quando alguns jovens começaram a lançar objetos contra os policiais, que responderam com força.
A frase “Era assim que vocês deveriam ter protegido Carlos Manzo” ecoou entre os manifestantes, que expressaram sua frustração com a falta de segurança. Além do assassinato de Manzo, a violência na região de Michoacán se intensificou, com a morte de Bernardo Bravo, um líder local, por extorsão, evidenciando a crise de segurança no estado.
Desde que assumiu o cargo em 1º de outubro de 2024, Sheinbaum obteve altos índices de aprovação, superando 70%. No entanto, a crescente onda de assassinatos e a pressão por segurança têm gerado críticas à sua administração. O assassinato de Carlos Manzo, que se tornou um símbolo da luta contra o crime, foi um catalisador para a mobilização popular.
Os manifestantes, munidos de cartazes com a frase “Todos somos Carlos Manzo” e a bandeira pirata do mangá One Piece, reclamaram de uma política que não tem conseguido conter a violência. A situação revela um descontentamento crescente com a liderança de Sheinbaum e a urgência de uma resposta efetiva às demandas por segurança e justiça no México.
Fonte: jovempan.com.br
Fonte: PROTEST
