Divisão na Câmara após indicação de Derrite como relator do PL Antifacção

m colorida mostra Plenário da Câmara dos Deputados

A escolha gera reações mistas entre deputados e pode atrasar votação

Divisão na Câmara após indicação de Derrite como relator do PL Antifacção
Plenário da Câmara dos Deputados. Fotografia: m colorida mostra Plenário da Câmara dos Deputados

A indicação de Guilherme Derrite como relator do PL Antifacção provoca divisões na Câmara e gera reações de apoio e críticas.

No dia 10 de novembro de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a indicação do deputado Guilherme Derrite (PL-SP) para relatar o Projeto de Lei (PL) Antifacção. Essa escolha causou uma divisão significativa entre os deputados, com reações variadas.

A definição foi bem recebida por membros da oposição, que veem a escolha como uma oportunidade para avançar na discussão sobre o projeto. Por outro lado, governistas expressaram críticas, considerando a indicação desrespeitosa em relação ao presidente Lula, uma vez que o projeto é uma prioridade do governo.

Guilherme Derrite, que recentemente deixou a secretaria de Segurança Pública de São Paulo para reassumir seu cargo na Câmara, rapidamente apresentou seu primeiro parecer sobre a proposta. No relatório, ele não incluiu um dos pontos mais polêmicos, que previa a fusão do texto do governo com outra proposta que equiparava facções criminosas a organizações terroristas. Apesar disso, o relator propôs que ações armadas e de controle territorial promovidas por facções recebam penas que variam de 20 a 40 anos de prisão, equiparando-as a atos terroristas.

O debate em torno da escolha de Derrite também tomou as redes sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) demonstrou apoio ao relator, afirmando que a proposta “está em boas mãos”. Em contrapartida, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou a escolha, chamando-a de provocação e desrespeito ao presidente Lula.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, deverá liderar a articulação para preservar o texto original do Executivo, enquanto a votação do PL Antifacção deve ser adiada devido à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre em Belém (PA).

A escolha de Derrite e suas implicações continuam a ser debatidas, com muitos questionando a efetividade do projeto em sua forma atual. O parecer apresentado por Derrite já apontou “fragilidades” no texto enviado pelo governo, o que pode complicar ainda mais as discussões. As discussões começam oficialmente no plenário da Câmara nesta terça-feira (11/11), mas a expectativa é que a votação seja atrasada até que a situação política se estabilize.

Enquanto isso, a Câmara dos Deputados se prepara para um período de intensa atividade, com a expectativa de que o PL Antifacção seja um dos principais temas discutidos nas próximas semanas. A divisão entre os deputados, no entanto, pode dificultar a aprovação do projeto, que ainda precisa passar por uma série de negociações e articulações políticas.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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