China revoga embargo e Brasil prevê exportação de 600 mil toneladas de carne de frango em 2026

Retomada das exportações marca novo capítulo para o agronegócio brasileiro

Após quase seis meses de embargo, Brasil espera exportar 600 mil toneladas de carne de frango para a China em 2026.
Após quase seis meses de embargo, a China revogou a proibição de importação da carne de frango brasileira. A medida, anunciada nesta sexta-feira (7) pela agência alfandegária chinesa, teve efeito imediato e representa um marco importante para o setor agroexportador do Brasil. Com o retorno das compras, o governo federal estima o embarque de 600 mil toneladas de carne de frango para o gigante asiático em 2026, volume que representa um crescimento de aproximadamente 10% em relação aos números de 2024.
O impacto do embargo e a recuperação das exportações
O embargo foi imposto em maio de 2025, após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária em uma granja comercial no município de Montenegro (RS). Embora o Brasil tenha reconquistado o status de país livre da doença já em junho, a autorização da China para a retomada das exportações só veio agora, quase meio ano depois, o que gerou prejuízos e incertezas entre produtores e exportadores. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que, com a normalização das relações comerciais, os volumes exportados superem os patamares pré-embargo.
Desempenho do setor e projeções futuras
Em 2024, o Brasil exportou 561 mil toneladas de carne de frango à China, com faturamento de US$ 1,288 bilhão — valores que agora devem ser superados com a retomada em 2026. A China é um dos principais destinos da carne de frango brasileira, com destaque para cortes específicos como sobrecoxa, asa e pé, altamente valorizados no mercado chinês. Antes da suspensão, o país asiático representava cerca de 12% do total das exportações brasileiras do setor.
O papel do Brasil no mercado global
Mesmo diante do embargo parcial, o Brasil segue como o maior exportador mundial de carne de frango, sendo responsável por aproximadamente 35% de toda a carne de frango exportada no mundo, conforme dados do Ministério da Agricultura. A retomada da confiança chinesa reforça a imagem do Brasil como um fornecedor seguro, competitivo e confiável, e deve contribuir de forma expressiva para a balança comercial do agronegócio nos próximos anos. Com isso, o agronegócio nacional ganha mais um fôlego e reforça seu papel estratégico na segurança alimentar global.






