Argentina e Paraguai classificam CV e PCC como organizações terroristas

Divulgação/Presidências da República

Decisão contrasta com a posição do Brasil sobre as facções criminosas

Enquanto o Brasil hesita, Argentina e Paraguai avançam na classificação do CV e PCC como organizações terroristas, visando aumentar a segurança regional.

Em 7 de outubro de 2023, Argentina e Paraguai tomaram uma decisão significativa ao classificar o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, contrastando com a postura do governo brasileiro que se recusa a fazê-lo. As ações visam aumentar a segurança regional, tendo em vista a influência crescente dessas facções no crime transnacional.

Medidas na Argentina

Na Argentina, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou que o CV e o PCC foram incluídos no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet). Essa inclusão permite o bloqueio de bens e o rastreamento de fluxos financeiros, além de facilitar a cooperação internacional para combater o crime organizado. Bullrich destacou que há atualmente 39 brasileiros presos no país, incluindo representantes das duas facções, que estão sob vigilância especial para evitar articulações internas.

Estratégia paraguaia

Por sua vez, no Paraguai, o ministro do Interior, Enrique Riera, confirmou que a classificação do CV e PCC como organizações terroristas será formalizada por meio de uma resolução do Poder Executivo. Riera enfatizou que essa declaração facilitará o trabalho das autoridades, uma vez que as penas por terrorismo são significativamente mais severas do que as aplicadas a crimes comuns. A medida também é parte de uma estratégia mais ampla de colaboração regional em segurança, dado que as facções têm expandido suas operações na fronteira, especialmente em áreas como Pedro Juan Caballero e Alto Paraná.

Implicações regionais

A decisão de Argentina e Paraguai de classificar essas facções como terroristas representa uma mudança significativa na abordagem ao crime organizado na América do Sul. Essa ação não só busca desmantelar as redes criminosas, mas também enviar uma mensagem clara sobre a determinação dos governos em enfrentar a ameaça que essas organizações representam. A inclusão no registro antiterrorismo permitirá que ambos os países acionem mecanismos internacionais de controle, essenciais para o combate a esses grupos.

Notícia feita com informações do portal: www.conexaopolitica.com.br

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