Paraná Clube busca fôlego financeiro com plano de recuperação e assembleia urgente de credores
O Comitê de Credores do Paraná Clube intensifica a busca por soluções para a crise financeira que assola o clube. Na última sexta-feira, o comitê divulgou um aditivo ao plano alternativo de recuperação judicial, um documento de 21 páginas que visa reestruturar as finanças do Tricolor. A aprovação desse aditivo é crucial para o futuro do clube, e o comitê solicita, com urgência, a convocação de uma assembleia de credores.
O principal objetivo do aditivo, conforme o documento, é “alinhar interesses comuns dos credores e do Paraná Clube”. A proposta busca “trazer melhorias, com a maximização dos ativos, atração de investidores e previsibilidade de venda de ativos e pagamento de credores”. Em outras palavras, o plano visa injetar capital no clube e estabelecer um cronograma claro para quitar as dívidas.
De acordo com dados apresentados, a dívida do Paraná Clube com seus credores atingiu R$ 132.197.133,11 em janeiro deste ano. Além disso, o clube enfrenta dívidas fiscais federais na ordem de R$ 59.788.878,20 e débitos com o Banco Central que somam R$ 39.563.144,95. A situação financeira delicada exige medidas urgentes para evitar o agravamento da crise.
O plano de recuperação judicial detalha a divisão dos credores em categorias, estabelecendo a ordem e os prazos para os pagamentos. Outro ponto crucial é a venda da sede da Kennedy, que depende da aprovação de uma nova lei na Câmara de Vereadores. O texto do plano enfatiza que “o Paraná Clube se obriga a promover todos os atos necessários… para negociar um projeto de lei municipal… que reconheça a perfectibilização da doação… atribuindo, assim, mais liquidez ao ativo”.
A venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) é vista como uma alternativa importante para a captação de recursos. No entanto, apesar de ter sido constituída em junho de 2022, a SAF Paraná ainda não apresentou avanços significativos. A expectativa é que a concretização da venda da SAF possa impulsionar o pagamento dos credores e garantir a sustentabilidade financeira do clube.
Fonte: http://ric.com.br
