Reclassificação da pressão arterial no Brasil
Mudanças nas diretrizes de hipertensão
Nova diretriz classifica pressão de 12 por 8 como pré-hipertensão, exigindo mais atenção médica.
Na quinta-feira (18), durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, foi apresentada uma nova diretriz que reclassifica a pressão arterial de 12 por 8 como pré-hipertensão. A mudança, elaborada por entidades como a Sociedade Brasileira de Cardiologia, visa aumentar a atenção médica para valores que antes eram considerados normais limítrofes.
Objetivos da nova diretriz
O principal objetivo dessa reclassificação é reforçar a prevenção. Com a identificação de pacientes em pré-hipertensão, médicos são orientados a recomendar mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, a prescrever medicamentos para evitar a progressão para hipertensão.
Novas metas de tratamento
Outra alteração significativa é a nova meta de tratamento, que agora recomenda manter a pressão arterial abaixo de 13 por 8 para todos os hipertensos. Essa mudança se alinha com diretrizes internacionais e busca reduzir riscos de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Além disso, a diretriz propõe uma avaliação mais abrangente, incluindo o escore PREVENT, que considera fatores de risco adicionais, como obesidade e diabetes.
Foco no SUS e saúde feminina
A nova diretriz traz recomendações específicas para o Sistema Único de Saúde (SUS), que acompanha a maioria dos hipertensos no Brasil. Também há orientações voltadas à saúde feminina, abordando cuidados durante o uso de anticoncepcionais e na gestação. Essas medidas visam garantir um acompanhamento mais rigoroso e eficaz para as mulheres, especialmente aquelas em situações de maior risco.
Conclusão
Com a reclassificação e as novas metas de tratamento, milhões de brasileiros passam a ser considerados em risco. O desafio agora é implementar essas recomendações tanto nos consultórios privados quanto nas unidades de saúde pública.
